Depois de 35 anos de espera, a Fonte Nova voltará a sediar um jogo de Copa Libertadores da América. Hoje, o Bahia encara o The Strongest, às 21h30, pelo jogo de volta da segunda fase da competição internacional.
Com o duelo desta terça, a Fonte Nova terá recebido jogos de três das quatro edições de Libertadores que o Bahia disputou. A exceção é o torneio jogador em 1963, quando o tricolor fez os dois jogos na Venezuela.
Com todos os ingressos vendidos, a expectativa é por uma Fonte lotada empurrando o Bahia contra os bolivianos. Depois do empate por 1×1 no jogo de ida, em La Paz, o Esquadrão precisa vencer por qualquer placar para se classificar à terceira fase. O time conta justamente com o bom retrospecto em casa para levar a melhor.
Na história da Libertadores, o Bahia nunca foi derrotado jogando como mandante. A estreia em casa aconteceu em 1960 – na primeira edição do torneio -, com um triunfo por 3×2 sobre o San Lorenzo, da Argentina.
Marito, Flávio e Carlito marcaram os gols do Esquadrão, que não se classificou à segunda fase por conta dos 3×0 que sofreu no jogo de ida, na Argentina. Mas aquele duelo abriu a série invicta do tricolor na competição.
Em 1989, pouco depois de ter sido campeão brasileiro sobre o Internacional, o tricolor foi líder do seu grupo batendo o Marítimo, o próprio Inter e o Deportivo Táchira na Fonte Nova. Na sequência ainda venceu o Universitario, do Peru, e empatou por 0x0 com o Colorado.
Apesar do retrospecto positivo, o volante Caio Alexandre prega pés no chão. O volante diz que o Esquadrão precisa estar ligado do primeiro ao último segundo para não ser surpreendido em casa pelo adversário.
“Foi um jogo altamente complicado lá na Bolívia, um jogo diferente para nós, por conta da altitude, mas mas tivemos um homem a mais desde o início da partida, a chance de trazer o resultado para Salvador, mas infelizmente quis o roteiro que fosse 1×1, e a gente traz para a nossa casa. Acho que ao lado do nosso torcedor somos muito fortes, o nosso torcedor é o nosso 12º jogador, coloca o time para frente. Sabemos que vai ser um jogo muito complicado, mas estamos preparados. Sabemos da dificuldade que foi lá, é ajustar os detalhes para a gente sair com a sonhada classificação”, afirmou.
A tendência é a de que Rogério Ceni repita o time que iniciou durante a estreia na Libertadores. A única dúvida é se mantém o trio de zagueiros ou volta com Luciano Juba.
OLHO NO RIVAL
O The Strongest chegou ao Brasil na sexta-feira como forma de se adaptar ao calor baiano. Além do clima quente, diferente da fria La Paz, a altitude é um trunfo que a equipe não vai ter na capital baiana.
Jogando no nível do mar, o Tigre tem aproveitamento de apenas 14,6% na Libertadores. Em 96 jogos, a equipe perdeu 75, empatou 15 e venceu apenas seis. A única vez que o Strongest superou um brasileiro no Brasil foi em 2016, quando bateu o São Paulo por 1×0.
O técnico brasileiro Antônio Carlos Zago tem pelo menos uma baixa para montar o time. O volante Ursino foi expulso no jogo de ida e será substituído. A tendência é a de que a equipe boliviana se defenda em boa parte do jogo, buscando uma bola para tentar o contra-ataque. Um novo empate entre os clubes leva a decisão para os pênaltis. Quem passar pega o vencedor de Boston River e Ñublense.