A morte do Papa Francisco evocará um dos processos mais tradicionais da Igreja Católica Apostólica Romana: o conclave, método de escolha de um novo sacerdote para a posição. Nele, os cardeais, que atuam como colaboradores do Papa na condução da Igreja, têm a missão de eleger seu sucessor. Do total de 252 cardeais, 140 são votantes e elegíveis — aqueles que têm mais de 80 anos não são aptos a votar. Desde dezembro passado, o Brasil tem oito cardeais, mas só sete deles podem participar do processo. As informações são do O Globo.
Cardeal Odilo Pedro Scherer, 75, arcebispo de São Paulo (SP);
Cardeal João Braz de Aviz, de 77 anos, ex-prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica;
Cardeal Orani João Tempesta, de 74 anos, arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ);
Cardeal Sergio da Rocha, de 65 anos, arcebispo de São Salvador (BA);
Cardeal Leonardo Ulrich Steiner, 74, arcebispo de Manaus (AM);
Cardeal Paulo Cezar Costa, de 58 anos, arcebispo de Brasília (DF);
Cardeal Jaime Spengler, de 65 anos, arcebispo de Porto Alegre (RS).

Além desses, há o cardeal brasileiro Dom Raymundo Damasceno Assis, de 88 anos. Nascido em Capela Nova (MG), ele tornou-se padre em 1968. Ocupou o cargo de secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por dois mandatos (1995-2003), foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, Educação e Cultura e presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) de 2007 a 2011. No mesmo ano, foi eleito presidente da CNBB (2011-2015).
Desde 2013, quando assumiu o papado, o Pontífice argentino nomeou 72 cardeais de diferentes nações, sendo 24 delas pela primeira vez. É o caso, por exemplo, do cardeal do Irã, o arcebispo Dominique Mathieu de Teerã-Ispahan, um missionário belga. Também pela primeira vez há um cardeal na Sérvia, com o arcebispo Ladislav Nemet, de Belgrado, recebendo o chapéu vermelho. Atualmente, a América Latina tem 24 cardeais eleitores, enquanto a Europa lidera com 55.