As atividades comemorativas aos 50 anos de emancipação do município de Santa Bárbara na quarta-feira (14) começaram ás 05 h com uma queima de fogos que despertou toda cidade e muitas pessoas levantaram e foram até a Praça José Donato Lima presenciar o ato que sinalizava o começo de um dia com muitas atividades que lembrariam a história. Às 08h aconteceu o hasteamento das bandeiras em frente à Prefeitura e depois foi celebrada uma missa na Igreja matriz e cultos religiosos nas Igrejas Evangélicas, Origens Africanas e Centro Espírita.
No começo da noite, por volta das 18h, saiu da Avenida Patrício São Paulo, em frente ao Colégio São José, o cortejo de Pacatu, homenageando a todos os segmentos da população que vivem no município e tem suas histórias para contar e que são dignas de um livro e segundo um folder publicado pela comissão organizadora, um livro vivo e circulante com jamais se viu.
O cortejo seguiu pela Praça Clodoaldo Campos, passando entre a Prefeitura e a Igreja Matriz, onde estava a comitiva oficial liderada pelo prefeito Jailson Costa dos Santos (PT), integrada pelos vereadores, membros do governo e pelo deputado estadual Marcelino Galo (PT). Galo comentou a atuação da população durante a visita ao município dizendo que “todos os barbarenses estão de parabéns por terem construído, ao longo desses anos, este belo lugar, muito importante para a agricultura e a pecuária do nosso estado. Nessa região o turismo rural vem crescendo e transformando o social com a oferta de novos empregos e oportunidades de trabalho”.
A frente do cortejo, uma ala lembrava que no passado só existia bichões e passarinhos e depois vieram os povos Maracá, também denominado de Maracanasu ou Paiaiás, que dominaram todo Vale do Paraguaçu. Em 1551, conta a história, chegaram os bandeirantes, responsáveis pela extinção dos povos nativos, dentre eles, os Paiaiás.
Com os moradores da cidade e de diversas comunidades rurais nas calçadas observando o cortejo passar, o desfile seguiu pela Praça Antônio Ribeiro da Cunha, tendo com segunda ala os vaqueiros e os portugueses, citados como fundadores da cidade. No folder de acompanhamento do cortejo, as opiniões se divergem e há quem diga que Santa Bárbara foi fundada pelos portugueses João de Pisa e João de Albuquerque e também a hipótese de ter sido os vaqueiros que viajavam transportando gado para o recôncavo.
Os fazendeiros foram lembrados por se estabelecer na região, tornando o município conhecido pela força da pecuária, da bacia leiteira e dos seus subprodutos, a exemplo do requeijão.
O cortejo continuou passando pela Rua Lomanto Júnior, onde é grande o número de famílias que ali residem apesar de estar localizada no centro da cidade e bem próxima a área comercial. Na ala seguinte, um grupo lembrava os africanos que foram trazidos em navios negreiros para ajudar nas grandes fazendas.
Com diversas maquetes, outro grupo formava mais uma ala onde mostrava o inicio da comunidade que se chamava Pacatu e depois que emancipou em 14 de dezembro de 1961, voltou a chamar-se Santa Bárbara.
A seca de 1961, também foi lembrada, onde famílias inteiras caminhavam quilômetros a procura de água para beber, levando consigo apenas uma cabaça por causa da escassez de animais.
O grupo de samba de roda Dois Coqueiros da comunidade de Alto da Boa Vista puxava as alas de valorização da cultura popular, seguindo dos moradores das comunidades de Malhada Nova e Água Pequena.
Com as irmãs religiosas que dirigem o Colégio São José e administram o convento na frente, a fanfarra FAMUSA, encerrava o cotejo que chegou a Praça José Donato de Lima ás 19h, onde uma multidão o aguardava.
A última atividade comemorativa aconteceu depois das 21h, quando aconteceu show com Pegada Break, Duas Medidas e Jauperi, carinhosamente chamado de Jau, na Praça José Donato de Lima. Jau apresentou canções que o tornaram conhecido e consagrado pelos fãs e no repertório a mistura ritmos como pop, samba, reggae, axé e MPB.
Avaliação do ano de 2011 – O prefeito Jailson Costa, disse ao CN que o ano de 2011 foi muito proveitoso e com bons resultados. Questionado o que de melhor aconteceu em 2011, o prefeito pensou por alguns minutos e lembrou o projeto de esgotamento sanitário. “Isto encheu as pessoas de expectativas. O projeto custou R$ 380 e sua execução estar orçada em R$ 19 milhões e nós vamos correr atrás destes recursos”, garantiu Costa.
Jailson concluiu a conversa dizendo que o município foi atendido como uma creche do programa Pró-Infância e a obra tem um custo estimado em R$ 1.280.000,00 e convênio foi assinado no na quarta-feira (07/12).
Pessoas que contribuíram com a história foram homenageadas na festa de emancipação (Veja)
Por: Valdemí de Assis / fotos Luiz Paulo