O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, participou hoje (16) junto com o Secretario de Ciência Tecnologia e Inovação, Feliciano Tavares Monteiro do ato de entrega de 140 Máquinas Desfibradoras de Sisal. A solenidade foi realizada na Casa da Cultura de Valente. O ministro chegou a cidade por volta das 9:00h, seu primeiro compromisso foi uma visita a Batedeira Comunitária de Sisal e a Indústria de Tapetes e Carpetes da Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira (Apaeb). Vindo para a Casa Brasil assistiu a uma demonstração do funcionamento da nova máquina desfibradora, em seguida participou de uma coletiva de imprensa.
Na abertura da solenidade no auditório da Casa Brasil foi apresentado um vídeo contextualizando a história da cadeia produtiva do sisal, em seguida foi assinado o contrato com o Coselho de Desenvolvimento Sustentável-CODES Sisal para a entrega das máquinas e o protocolo de intenção do plano de desenvolvimento da cadeia produtiva do sisal, o evento finalizou com os pronunciamentos das autoridades.
O Brasil é o maior exportador de sisal do mundo, com uma produção anual de 119 mil toneladas, o que corresponde a 56% da safra mundial. A Bahia é a principal produtora de sisal do território brasileiro, contribuindo com 94% da produção nacional. São mais de 40 municípios do Semiárido baiano, englobando os territórios de identidade do Sisal, Chapada da Diamantina, Semiárido Nordeste II, Sertão do São Francisco, Piemonte do Paraguaçu, Bacia do Jacuípe, Irecê, Vale do Jiquiriçá e Piemonte Norte do Itapicuru. Mas as aproximadas 700 mil pessoas pertencentes a esses territórios que sobrevivem da cultura do sisal, muito já sofreram com as condições de trabalho. Entre as maiores complicações estão as mutilações que as máquinas a qual era utilizada para o desfribramento do sisal causavam nos trabalhadores.
Com o objetivo de solucionar esse problema e facilitar o cultivo do sisal foi criado por José Faustino Santos, um homem simples autodidata uma nova máquina, a qual trará melhores condições de trabalho para o agricultor. O novo modelo se torno 51 kg mais leve, o resfriamento da água foi trocado pelo mecanismo de ar facilitando sua utilização em região com escassez hídrica, ela evita totalmente o risco de mutilação, além de evitar esforços físicos por parte dos produtores. Serão mais de dez municípios beneficiados com as novas máquinas.
Por: Raiane Lopes/texto e fotos