Durante a noite de sábado (28) e todo o domingo (29), membros e amigos da família Carneiro estiveram reunidos no Clube Itatiaia, na cidade de Retirolândia participando da 7ª edição do evento intitulado “Encontro da Família Carneiro”, cuja série teve inicio em 2006 em Pé de Serra, repetindo no ano seguinte, em 2008 e 2009, aconteceu em Riachão do Jacuípe, em 2010 em Ichu, 2011 e este ano na cidade de Retirolândia. Durante os dois dias aconteceu uma extensa programação, desde celebração ecumênica, reencontro, história, integração, bate-papo, causos, grupos culturais, roda de viola, quermesse, atrações musicais com Geração Eletrônica, Cleiton dos Teclados, Foguinho e Grupo Cultural de Ichu.
Na abertura um grupo de crianças apresentou um jogral e no final foi exibida a bandeira que simboliza a família. A comissão organizadora do evento formada por Iuri, Marly, Luzia, Noé, Gabriel, Maria da Paixão, Rafael, Romildo, Eliel e Marivone, todos com o sobrenome Carneiro, foi apresentado aos parentes que vieram de diversos municípios e que se esforçam para encontrar seu nome no longo painel genealógico.
Neste painel, foi exposta uma representação das pessoas que tiveram participação na existência da família, ou seja, foram levantados dados sobre os ancestrais dos mesmos de forma que fossem conhecidas as conexões estabelecidas entre esses tomando com base o nome do ancestral mais antigo de que se conseguiu dados e, a partir desse, seus descendentes até chegar ao membro mais novo da família. Foram quase dez metros de painel.
Um pouco da história – Segundo os historiadores, a Família Carneiro chegou ao Brasil no ano de 1675, ou seja, a 337 anos de História. De acordo com as conversas entre os membros da família e a equipe do CN na noite de sábado (28), não se possuem registros que comprovem a origem do sobrenome Carneiro.
Depois de o CN passar por diversas mesas, onde se reunir as gerações recentes dos Carneiros, pode constatar que não há uma teoria de que o nome se originou do Monsiur, Joani e Moutão descendente dos Duques de Moutão na França onde na língua Francesa a palavra Moutão quer dizer o mesmo que Carneiro Manso.
Segundo Célia Carneiro, escrivã da polícia civil em Conceição do Coité, existe também a hipótese de que tenha sido derivado de D. Lourenço Anes Carnes, ou que possa ter sido originado de Judeus da diápora, expulsões forçadas dos judeus pelos romanos que dominaram Jerusalém e que se refugiaram na Espanha, pois no século XII neste país existia o apelido Carneiro.
Também devido à intolerância religiosa esses judeus sefaradim, foram expulsos da Espanha para Portugal onde sofreram com a inquisição e para não serem mortos, muitos judeus se diziam cristãos e viviam as escondidas um criptojudaísmo.
Demonstrando conhecimento da história, Célia continuou a “aula”, falando que os judeus sempre foram excelentes navegadores e conhecedores de astros e pontos cardeais utilizados nas navegações portuguesas e poderiam se misturar com os portugueses ficaram em Portugal e os que tinham mais dificuldade de se misturar pela aparência física e pelo preconceito latente, foram enviados para o Brasil distribuindo-se pelos sertões e agrestes. “O primeiro portador do sobrenome teria sido Pedro Carneiro, senhor das terras de Valdevez no tempo do Conde D. Henrique, de quem procedeu à família e que hoje é uma tradicional família do estado do Piauí”, conclui.
A 8ª edição do encontro da família Carneiro acontecerá em janeiro de 2013 na cidade de Pé de Serra – Veja as fotos do 7º encontro em Retirolândia.