Sob a liderança da APLB Sindicato, os trabalhadores da Educação da Bahia vão aderir à greve nacional da Educação, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). As redes públicas de ensino dos municípios e do Estado da Bahia irão parar nos próximos dias 14, 15 e 16 de março, para lutar em defesa de melhorias no ensino.
A diretoria da APLB já iniciou a mobilização da categoria, com assembléias nas regionais e reuniões com representantes das unidades escolares. A greve tem como principais bandeiras de luta questões como o investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação, a implantação do PNE (Plano Nacional de Educação), o cumprimento integral da Lei do Piso Nacional, onde entra a implantação de 1/3 de hora-atividade para o magistério.
De acordo com o coordenador geral da APLB Sindicato, Professor Rui Oliveira, em nível local a mobilização dos educadores se incorpora à luta da sociedade civil pela moralização da administração municipal.
“No dia 14 vamos realizar um ato lúdico-político, na Praça da Piedade, para protestar contra o projeto de mudança de índice no cálculo para o reajuste do piso, que se encontra em tramitação na Câmara Federal, e em nível local, contra as manobras na Câmara Municipal para aprovar as contas da Prefeitura, que foram rejeitadas pelo TCM. Vamos realizar diversas atividades circenses na praça para parodiar toda esta situação”, destaca o Professor Rui.
A diretora Elza Melo destaca que as questões que estão sendo reivindicadas na paralisação nacional convocada pela CNTE, e organizada pelos sindicatos dos trabalhadores em educação em todo o país, atingem diretamente a categoria, mas se refletem em toda população.
“As bandeiras de luta nacional atingem diretamente a categoria nos estados, além disso, vamos incorporar lutas nossas, como a estruturação e implementação do Plano de Saúde dos servidores municipais, a destinação de 25% do orçamento municipal para a Educação, no caso de Salvador, e o cumprimento de questões como o pagamento do Piso Salarial Nacional nos municípios”, afirma.
Ela disse ainda que a mobilização é fundamental para que professores, pais e alunos saiam às ruas de Salvador e dos municípios do interior e que o poder público entenda que a valorização profissional é o caminho para a conquista de uma educação pública de qualidade para todos e todas.
A Paralisação Nacional em Salvador terá a seguinte programação: No dia 14, às 08 horas, a diretoria do APLB Sindicato vai colocar uma coroa de flores na estátua de Castro Alves, na Praça Castro Alves; às 09 horas, inicia o Ato Público, na Praça da Piedade, onde além da manifestação política, a APLB vai lançar o Concurso Estadual de Poesia dos Educadores da Bahia, que será encerrado no dia 24de abril, data do aniversário da APLB Sindicato; no dia 15, a partir das 10 horas, os trabalhadores da Rede Municipal de Ensino realizam manifestação pelo Plano de Saúde, na Seplag; e no dia 16, o Sindicato promove um debate sobre Previdência e outras questões do interesse da categoria, na Faculdade Olga Mettig, a partir das 09 horas.
Da redação