O PSB baiano surpreendeu ontem, ao anunciar que irá fechar o cerco contra aqueles que foram infiéis ao projeto do partido nas eleições deste ano. Em reunião, a executiva estadual, baseada em uma resolução nacional, determinou o pedido de desligamento de 13 prefeitos, e demais vice-prefeitos e vereadores integrantes da sigla que no último pleito não apoiaram os seis candidatos a deputado federal pela legenda.
Podem ser expulsos do partido os chefes executivos de municípios como Porto Seguro, Macaúbas, Olindina, Irará, Nordestina, entre outros.
“Estamos convidando eles a se desligarem voluntariamente, mas caso eles não o façam, a executiva irá afastá-los, sendo a deliberação, simplesmente, um cumprimento à resolução 001 da executiva nacional”, deixou claro o secretário geral do partido, Domingos Leonelli.
Embora os membros da executiva tenham reconhecido que o partido saiu mais forte das eleições, principalmente com a conquista da deputada federal e presidente do partido, Lídice da Mata, a uma cadeira no Senado, eles avaliaram também que houve uma falta de compromisso de alguns prefeitos, vice-prefeitos e dirigentes, quanto à eleição para deputado.
“Ignoraram a resolução sobre fidelidade partidária e optaram por candidatos de outras legendas. Dos 17 prefeitos, apenas três votaram e apoiaram os nossos candidatos a deputados federais”, reclamou Leonelli, que também concorreu a uma vaga na Câmara Federal, mas não conseguiu se eleger.
Conforme Leonelli, “não houve falta de aviso”, já que todos os integrantes do partido receberam um comunicado sobre a resolução cerca de seis meses antes do início da campanha.
“Portanto, todos tinham plena consciência do que estavam fazendo. Não cumpriram já sabendo das conseqências”, bradou.
A executiva, segundo Leonelli, vai encaminhar um documento a todos que descumpriram a resolução, informando que, de acordo com o que está previsto, eles não poderão utilizar a legenda nas eleições de 2012.
O partido definiu também que somente aceitará filiações de pessoas que tenham conhecimento prévio do regimento interno do PSB e que assumam o compromisso de cumpri-lo. “A nossa convicção é a de que preferimos um partido menor e real a um partido inchado e fictício”, enfatizou o secretário geral.
Fonte: Tribuna da Bahia