O fim de semana será de expectativa para Ana Maria Cedraz, (foto) Carla Mylena Santos e Daniele Oliveira, estudantes da rede estadual de ensino que disputam, na próxima segunda-feira (29), em três categorias, a final da segunda edição da Olimpíada de Língua Portuguesa, em Brasília. A iniciativa, realizada pelo Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social, mobilizou mais de 7,2 milhões de estudantes no País e tem como foco a melhoria do ensino da leitura e da escrita nas escolas públicas brasileiras, além de contribuir para a formação de professores, que orientam os estudantes durante a olimpíada.
A estudante Ana Maria Cedraz, aluna da Escola Estadual Durval da Silva Pinto, no município de Conceição do Coité, 234 quilômetros de Salvador, concorre na categoria Crônica, depois de disputar com mais de 27 mil alunos. “Tenho levado a notícia com naturalidade, mas acho que a ficha ainda não caiu. O gosto pela leitura e escrita vem da minha casa, que sempre teve livros à minha disposição. Aqui na escola também tive a oportunidade de participar do programa Ciclos de Leituras”, enfatiza a aluna, que foi orientada pela professora Eugênia Mateus de Souza.
“O resultado que já alcançamos neste concurso mostra o avanço que tivemos na nossa educação e no nosso trabalho, com a gestão democrática dentro da escola. Quando acreditamos é possível vencer as dificuldades. Os alunos estão bem contentes porque, muitas vezes, pensavam que por ser da rede pública do interior do estado não teriam chance. As meninas que concorreram nunca tinham saído da Bahia e tiveram a chance de conhecer outros lugares”. A afirmação é da professora Analita Dias Rebouças, que orientou Daniele Oliveira, do Colégio Estadual Reunidas Castro Alves, em Jiquiriçá, a 258 quilômetros de Salvador.
Daniele concorre na categoria Memórias Literárias depois de uma disputa com mais de 58 mil alunos. “Escrevi um texto sobre a infância do meu pai, contando algumas histórias. Sempre gostei de ler e de escrever. Recebi a notícia com um susto grande, mas logo depois fiquei muito contente e chorei de emoção”, afirma a estudante. No mesmo colégio, a aluna Josiele de Jesus foi premiada com a medalha de bronze no concurso na categoria Crônica.
Para a professora Lucinéia Maria, que orientou a aluna Carla Mylena Santos, do Colégio Estadual Antônio Carlos Magalhães, no município de Itabela, a 670 quilômetros da capital, o hábito de despertar o interesse pela leitura foi fundamental para o alcance do resultado. “Ficamos ansiosos porque estamos representando a Bahia em um evento nacional. É gratificante saber que o trabalho está sendo reconhecido. Tentamos sempre despertar o interesse dos alunos pelo livro. Por isso, temos que comemorar”, diz professora. Carla Mylena concorre no gênero Artigo de Opinião, depois de vencer uma disputa com 50 mil alunos.
Premiação – Para os alunos e professores vencedores, a Olimpíada oferece medalha, microcomputador e impressora. A escola recebe 10 microcomputadores, uma impressora e cupom para a escolha de livros, que vão servir para a ampliação do acervo escolar. Outra estudante baiana, Caroline de Farias, do Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (Ifba), em Valença, também foi selecionada para a final da olimpíada.
Rede estadual em destaque – O ano de 2010 foi de reconhecimento e premiações para a rede estadual de educação da Bahia. Além da seleção de estudantes para a etapa final da Olimpíada de Língua Portuguesa, a rede estadual aparece com destaque em outros prêmios. O Colégio Estadual Casa Jovem (CECJ), no município de Igrapiúna, conquistou o prêmio Destaque Brasil, concedido pela Gestão Escolar, iniciativa que estimula experiências bem-sucedidas na educação básica. A premiação aconteceu no dia 8 deste mês, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. O CECJ disputou com outros colégios dos estados do Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina.
Fonte: Agecom