Essa é a decisão do comando da greve que ocupa desde quarta-feira,18, pela manhã o Salão da Galeria dos ex-presidentes da Assembleia Legislativa.
Segundo o professor Oduvaldo Bento, 64 anos,(foto) um dos diretores da APLB Sindicato, a ocupação ocorreu depois de uma caminhada vitoriosa, “ganhou motivação por aqui ser uma trincheira de luta, a gente escolheu o quartel general adequado. Nós esperamos que eles (deputados) se convençam do prejuízo que vão causar aos professores ao retirarem as conquistas históricas com muita luta em governos passados e agora estão votando contra a classe. Eles no passado estavam conosco. Nós não os elegemos para sermos castigados, disse indignado Professor Bento.
Entidades sindicais estão prestando apoio aos manifestantes, juntamente com a APLB Sindicato e a própria diretoria da assembleia que disponibiliza o espaço com água, ar condicionado e toda infra estrutura básica.
Vindo da cidade de Sento Sé, no extremo norte da Bahia o professor Ahilton Ribeiro chegou á Salvador na segunda feira, depois de mais 22h na estrada e 700 km de distância para fortalecer o movimento. Disse ao CN está decidido a ficar até o desfecho final, “vim para voltar no outro dia, mas precisei ficar para reforçar o movimento”, disse.
Pela manhã, os profissionais em educação da rede estadual de ensino reuniram-se em assembleia.Estiveram presentes representantes dos professores, funcionários, estudantes e lideranças sindicais da capital e do interior do estado, que debateram os rumos do movimento grevista.
Indignação: 0 que mais circula na assembleia é o assunto da votação para regime de urgência que ocorreu na terça-feira, quando a maioria dos deputados governistas votaram contra a classe dos professores.Foram duas votações uma 36 a 16 a outra 37 a 17.
Depois da votação, que decidiu pela continuidade da greve, que entrou hoje no oitavo dia, os educadores fizeram reuniões zonais, no próprio Centro Administrativo. Para o interior do estado, ficou decidido que o próximo passo do movimento é a ocupação das Diretorias Regionais de Educação (Direcs), nos moldes da que está em andamento na Assembleia Legislativa; divulgação nas feiras, nas Câmaras de Vereadores, e criação de grupos de estudos para estudar e perceber o quanto é nocivo o projeto do governo.
Nesta sexta-feira haverá reunião das zonais no saguão da Assembleia Legislativa, às 9 horas.
Reafirmando: o departamento jurídico da APLB-Sindicato já entrou com ação para derrubar a liminar do governo que solicitou a ilegalidade da greve e também para tornar nulo o corte de ponto. Foram apenas solicitações do governo – triste, para um governo eleito democraticamente – mas que não tem valor jurídico. Na próxima semana o Tribunal de Justiça da Bahia vai analisar a questão.
Um grupo de manifestantes foi para o jogo do Bahia contra o Remo em Pituaçu para realizar panfletagem e, para o final de semana, ações do movimento estão sendo preparadas.
Por Raimundo Mascarenhas
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