Numa situação bastante atípica as eleições anteriores, a interferência do diretório estadual nas comissões municipais tem sido constante, deixando muitos políticos de cabeça quente e vereadores com mandatos, na dúvida se terão vagas garantidas para a reeleição e se for candidato, como deverá agir se divergir a posição tomada pela maioria dos membros da comissão.
Depois de São Domingos, onde o PMDB, com três vereadores na Câmara, muda totalmente de rumo, quando foi alterada a comissão provisória, passando a presidência para o prefeito Izaque Júnior, opositor histórico dos ex-membros do diretório pmdebista, e Riachão do Jacuípe, onde foi modificada a direção do PHS, que também tem três vereadores, cuja posição é contrária aos novos dirigentes humanistas, agora foi à vez de Valente. O PSD, que era presidido pelo ex-prefeito João José de Oliveira, passou, segundo certidão da Justiça eleitoral, a presidência de Eduardo Cedraz de Oliveira, filho de Nenenzinho, como é conhecido o líder político e que era o vice-presidente da legenda.
Com a mudança da presidência, autorizada pelo diretório estadual, cujo presidente é o vice-governador e secretário de infraestrutura, Otto Alencar, a tendência é o PSD fazer coligação com PT, que tem como líder maior o governador Jaques Wagner. Além de Eduardo Cedraz de Oliveira, fazem parte da comissão do PSD de Valente, João José de Oliveira, Ivanilton Araújo Silvio Roberto de Cerqueira Habib e Salvador José de Oliveira, sendo que três, dos cinco, assumiram recentemente posição de apoio ao pré-candidato do PT, Ismael Ferreira.
Por: Valdemí de Assis