A greve dos professores do estado da Bahia chega a 102 dias, atualmente focado mais na capital do estado, já que perdeu força no interior e Conceição do Coité foi um dos municípios que mais resistiu, uns retornaram antes de completar dois meses, e no Olgarina, foram 67 dias de paralisação.
O CN visitou os colégios neste sábado, nos turnos matutino e vespertino e tomou conhecimento que as aulas aconteceram, mas, a grande baixa foi a ausência da grande parte do alunado da zona rural por falta de transporte, pois, durante o ano letivo os alunos do estado “viajam de carona” nos ônibus que transportam alunos da rede municipal, como não há problemas com o ensino do município, os ônibus param na sexta e só retornam as atividades na segunda-feira.
Dezenas de alunos do Colégio Olgarina que residem na zona rural chegaram à escola de carona, através de transporte de familiares ou pagando R$ 4, ida e volta como foi o caso de vários alunos do 1º ano B vespertino que residem em Santa Rosa, 8 km da sede. Segundo informações, o turno da tarde é o que tem mais alunos da zona rural.
O PEA realizou o segundo sábado de reposição, retornou as aulas antes do Olgarina e no seu calendário o aluno que passar direto estará de férias dia 22 de dezembro.
A diretora do PEA Valdemara Souza Oliveira Costa, recém empossada, disse que espera um posicionamento da secretaria de educação para resolver esse problema, para que os alunos da zona rural não fiquem prejudicados. “Ouvimos as pessoas dizerem que os alunos do estado viajam de carona nos ônibus da Prefeitura, mas pelo que sei, existe uma parceria com o Governo que repassa os recursos e Município paga o transporte.
Tentamos contato sem sucesso com a secretaria Genilda Mota Ramos de Araújo para saber como o município irá colaborar no sentido de evitar prejuízos dos alunos. O espaço esta aberto a disposição da secretaria para esclarecimentos.
É muito necessário que haja transporte para os alunos para que aconteça a realização de aulas para repor as perdas aos sábados, porém essa alteração no calendário letivo não agrada a grande parte dos alunos nem a maioria dos professores, que segundo eles (educadores), apesar da luta e exposição não conseguiram seus objetivos e vão para o sacrifício com ônus, por terem os salários cortados. A insatisfação é muito grande por parte do alunado que irá entrar o ano de 2013 tendo aula aos sábados.
“ Mas não podemos pagar pela maioria, eu quero estudar e sei que muita gente pensa igual a mim, e estamos indo para o sacrifício de encarar aula dia de sábado, porque repito: quero aprender e não queremos emendar 2012 com 2013, pois se a gente não vir no sábado e as alunas acontecerem até sexta, como estamos atrasados iríamos até o fim de fevereiro ou inicio de março estudando, o que eu acho a pior opção”, avaliou uma aluna que preferiu não se identificar.
O Colégio Polivalente o maior da cidade, reuniu os professores na manha deste sábado e ficou definido que as aulas de reposição começam no próximo sábado,28. A Escola Durval da Silva Pinto a primeira a retornar as aulas no período de greve terá seu calendário normal. O CN esteve também no Antônio Bahia e Iêda Barradas, mas encontrou as duas unidades fechadas.
Por: Raimundo Mascarenhas