O Bahia, que está prestes a ser morador permanente da segundona e se senhor do Bonfim não ajudar vai para a terceirona; e termina jogando no campo do Mont Serrat ou de Paripe, assim mesmo se os moradores dos respectivos bairros deixarem, tem buscando um jogador que atue em todas as áreas do campo, vez que somente Gabriel tem mostrado que é bom de bola. O tricolor de aço devia contratar o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu para fazer parte do seu time. Um dos motivos é que seria fácil o homem conseguir verba e patrocínio para trazer bons jogadores e não ficar este inferno de todo ano o time brigar para não cair – quando deveria era estar lutando para ser campeão. Outro é que Dirceu joga em todas.
Como se não bastasse o mensalão e dezenas de outras tramóias em que seu nome aparece agora uma novidade quando ninguém mais esperava algo a mais do condenado: o delator do comércio de pareceres em órgãos federais, o ex-auditor Cyonil da Cunha Borges de Faria Júnior garante com todas as letras que Dirceu teria interesse no andamento do processo do Tribunal de Contas da União fraudado para favorecer a empresa Tecondi. Aquela que administra o maior porto do país, o de Santos.
Que homem é esse. Cheio de tentáculos. Mas continuo defendendo a vinda dele para o Bahia. Se não for para bater bola ou bater qualquer outra coisa, pode até mesmo substituir a atual presidência do clube. Motivos de sobra para isso nós torcedores do Bahia (também sou do Ypiranga, do Bahia de Feira e da Seleção de Coité) temos. Dirceu só gosta de coisa boa e não contrataria uns merdas para vestir a camisa. Ele só gosta de freqüentar lugares de primeira linha, daí que nem pensar em ir para a segundona. E, em último caso – que a senhora leitora me perdoe, mas é o desespero – ele saberia o que fazer com a mala preta. Ou mala branca. De mala ele entende.
O que o Bahia vem fazendo nos últimos anos com sua torcida é uma total ingratidão. Sem falar que vem sendo responsável pela elevação no índice de viuvez. A cada temporada que o clube fica no cai, mas não cai morrem muitos idosos ou outros problemáticos do coração. O pessoal do HGE já sabe. Tem de reforçar a equipe quando chegam as últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. O cara já chega infartado com o coração explodindo por baixo da camisa tricolor.
O patrocinador bem que poderia aproveitar e patrocinar também o velório, o caixão, o transladao e o sepultamento. Lembro de um político baiano, de nome que era famoso por ter sido presidente do Vitória e que tinha uma empresa funerária para os pobre. Dava até ônibus para levar as carpideras e os parentes para que o morto não fosse enterrado sem acompanhamento fúnebre. Este, pelo menos, ao contrário do presidente do Bahia, ajudava a enterrar quem o clube matava. Se bem que o presidente do Vitória também poderia fazer igual. O que o rubro-negro anda matando de torcedor…