O prefeito do município de Ichu, George Ferreira assumiu a prefeitura este mês e já está vivendo uma situação difícil. “Estamos no dilema total porque toda comunidade rural se encontra com falta de água devido a seca na região. Nossas represas (cerca de dez) estão todas com pouquíssimo resto de água. E o restante dessa água está salobra. Não sei como resolver essa questão. Estamos pedindo calma ao povo, mas a situação está muito difícil. Não temos aonde pegar água. A prefeitura não tem carro pipa próprio, tudo é através de aluguel. Estamos procurando apoio na Secretaria de Desenvolvimento Urbano e também na Coordenadoria da Defesa Civil do Estado (Cordec). Fomos pedir ajuda ao deputado Bira Coroa para ele interceder junto a Embasa para melhorar a situação”, revela o prefeito.
“Quinta feira passada o Exercito esteve na região para ver a situação critica que está o município – disse o prefeito – O ano passado o Exercito distribuiu tiquete para as famílias, mas ainda existem famílias com tiquete do ano passado e que não foram atendidas. Além disso nós temos famílias passando necessidade. A gente teve quinta feira pedindo a Cordec recursos para alocar mais carros e cestas básicas. As famílias estão desesperadas em todo o sentido. Está todo mundo lá procurando o prefeito para frente de trabalho, mas não sei como atender. Espero que o governo do estado se sensibilize com essa situação e amenize o sofrimento desse povo”, informou o gestor.
Ichu possui uma área total de 128 km². O clima é semi árido encontrando assim o município no polígono das secas. Compõe a bacia hidrográfica do Paraguaçu e do Jacuípe, tendo como seus rios principais os temporários Rio Tocó, Caldeirão da Onça, Tábua Formigueira ou Rio da Vargem. Nesse período a falta de água está prejudicando as pequenas lavouras de subsistência e castigam os rebanhos bovinos, caprinos e ovinos.
De acordo com a Coordenadoria da Defesa Civil do Estado, 259 municípios baianos permanecem em situação de emergência devido à seca, que afeta nessas localidades quase 3 milhões de pessoas. O prejuízo à economia ainda pode chegar a R$ 7,8 bilhões, segundo estimativa da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb).
Fonte: União dos Municípios Baianos (UPB)