Para melhor atender aos criadores, a Bahia, que possui mais de 30 milhões de hectares inseridos na região semiárida, conta agora com 22 armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizando a venda balcão do milho, a preço subsidiado pelo governo – antes eram 13. A ampliação resultou de um esforço do Governo do Estado, por meio das secretarias estaduais da Agricultura (Seagri), Casa Civil, Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir/CAR), em parceria com diversas prefeituras, e da Conab, via superintendência baiana e a diretoria em Brasília.
De acordo com o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, a concentração dos armazéns em poucos municípios dificultava a vida do criador. “Alguns, que precisavam adquirir 10 sacos de milho, tinham que percorrer até 500 quilômetros, uma situação difícil e que nós precisávamos resolver com a instalação de novos pólos de venda”.
Diante da situação, o governo estadual se empenhou, no ano passado e início deste ano, para conseguir acrescentar mais oito pólos, com o apoio das prefeituras municipais, que já estão em funcionamento em Juazeiro, Paulo Afonso, Conceição do Coité, Itaberaba, Feira de Santana, Jequié, Guanambi e Vitória da Conquista.
Na semana passada, a partir de um estudo que a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) fez com o objetivo de identificar a redução das distâncias para o produtor, a partir das demandas e rebanhos, foram criados mais nove pólos nas cidades de Remanso, Chorrochó, Ponto Novo, Jacobina, Baixa Grande, Amargosa, Maracás, Paramirim e Bom Jesus da Lapa. Além disso, o armazém de Feira de Santana será ampliado.
Dinamização – Com os novos pólos, Salles acredita que haverá maior dinamização na venda do milho, que poderá ser adquirido em algum dos 22 armazéns gerenciados pela Conab. No mercado, a saca do grão sem subsídio é vendido entre R$ 40 e 50, enquanto a saca subsidiada custa R$ 18,12. Para o secretário, a velocidade com que o milho chegará à Bahia acontecerá de forma mais satisfatória. “O produto que vinha para o Nordeste era oriundo dos armazéns do Centro-Oeste do país, localizados em Goiás, Mato Grosso. Além de ser longe, uma viagem demorada, os motoristas de carretas não queriam fazer o transporte”.
Salles explica ainda que a partir dos leilões que serão realizados esta semana, uma parte do milho chegará ao porto de Salvador para depois ser distribuído, dando celeridade maior e a outra, 60 mil toneladas, virá ensacada, mas será comprada já do oeste da Bahia e da região do ‘Mapitoba’, que reúne a primeira sílaba dos estados que a compõem – Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, onde a colheita do milho já foi iniciada.
Fonte: Secom