Em reunião na sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Brasília, o secretário estadual da Agricultura (Seagri), Eduardo Salles, encaminhou solicitação dos produtores reivindicando o aumento do preço mínimo do sisal, que hoje é de R$ 1,24, a subvenção econômica direta para a cultura, como já acontece com a cana, registro da mucilagem para venda como ração animal e realização de leilões nas modalidades Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro).
Salles se reuniu no início da semana com o secretário executivo do Ministério da Agricultura (Mapa), José Gerardo Fontelles, e com o diretor de Política Agrícola da Conab, Silvio Porto, para solicitar, após relatar a situação da cultura terrivelmente atingida pela seca, ações emergenciais e de médio e longo prazos para a recuperação da cadeia do sisal, que envolve em sua maioria agricultores familiares. De acordo com o secretário, “a previsão é de que a safra deste ano tenha perda de até 70%, o que trará impactos econômicos e sociais calamitosos”.
O diretor de Política Agrícola da Conab manifestou-se favorável ao aumento do valor do preço mínimo do sisal e disse que está finalizando estudos com o Ministério da Fazenda neste sentido. Com relação à subvenção econômica direta para o sisal, Sílvio Porto reconheceu a importância da medida para a cultura estruturante do semiárido, e explicou que depende de uma Medida Provisória.
O presidente da Associação dos Produtores de Sisal, Misael Ferreira, reivindicou ao diretor de Política Agrícola da Conab o estabelecimento de valor diferenciado para o sisal de melhor qualidade. Com relação aos leilões PEP e Pepro, Silvio Porto disse que a planilha de preço será atualizada e que esses instrumentos de comercialização serão colocados em operação.
Fonte: Portal Clériston Silva