O prefeito de Conceição do Coité Francisco de Assis (PT) e o vice Alex Lopes (PMDB) que também exerce o cargo de secretário de Saúde, se reuniram na noite de quarta-feira,22, na sede da Secretaria de Saúde com motoristas de ambulância, com objetivo de informar o aumento de 100% do valor da diária, válido para motoristas de todos os setores do município.
Segundo Alex Lopes houve um aumento de R$ 25 para R$ 50 por diária. A novidade foi a criação da meia diária para o motorista que se desloca para uma cidade vizinha resolve algum compromisso em algumas horas de retorna para a cidade, em contra partida o motorista que precisar pernoitar, ele recebe a diária de R$ 50 mais um valor de meia, ficando a diária por R$ 75.
Segundo o secretário, o projeto foi encaminhado para a Câmara Municipal para ser apreciado, pois entende que está muito defasado, já que o valor de R$ 25 vem sendo pago desde 2007. “Esse é o primeiro passo que estamos dando para melhor a condição de trabalho de cada profissional em menos de seis meses de governo,teremos outras etapas até atender as necessidades dos servidores, disse Lopes .
Novo valor da diária não empolgou os motoristas que reivindicaram outras vantagens
Pelo que foi exposto pela classe o valor da diária representou quase nada diante das perdas que tiveram a partir de setembro de 2012, ainda no governo anterior.Segundo Esmeraldo Lopes Carneiro “Dinho” a categoria já recebia o valor de R$ 50 na diária, uma espécie de compensação pela defasagem, ou seja, recebiam duas diárias por uma, que os atuais gestores classificaram como ilegal e que agora estão sendo prejudicados com isso.
O prefeito Assis disse que o prefeito não deixou de pagar a eles por vingança da derrota, e sim porque contribuiu para o aumento na folha de pessoal e ele não pôde continuar o pagamento. ”Nós estamos fazendo tudo dentro da lei e fiquem certos que o que vocês adquirirem serão direito de vocês. Sei que é muito pouco, mas demos um passo importante em dar um aumento de 100% em ganhos reais neste inicio de mandato, significa que vamos fazendo ajustes até atingir o teto que vocês reivindicam, mas repito, esse jeitinho que dizem que tinham pessoas ganhando até R$ 1.500 sem saber a origem do dinheiro eu não sei fazer”, disse o prefeito.
Assis se referia ao questionamento da classe que dizia está desanimada em trabalhar, pois alega ter deixado de ganhar R$ 650, equivalente a 13 diárias a R$ 50, e R$ 325 em horas extras até agosto do ano passado. Além de café, almoço, jantar e até alojamento, que o prefeito fez questão de ressaltar que, não foi o seu governo que deixou de pagar, foi na gestão anterior que prejudicou a eles, “na minha gestão está sendo feito tudo dentro da lei, além de está com muita dificuldade de governar por conta do limite de pessoal estourando o que impossibilita o pagamento de extras.
A classe reivindicou ainda insalubridade por estarem constantemente em contato com doentes muitos deles com doenças contagiosas.Atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos. Solicitaram também adicional noturno e alojamento. Esmeraldo pediu ao secretario Alex Lopes que a prefeitura alugue um apartamento a fim de servir aos motoristas para descansarem, pois a maioria das vezes deixa o paciente no hospital e não tem para onde ir,tendo que ficar a descansar sentado dentro da ambulância.
Eles alegaram também que municípios menores que Coité, os motoristas que executam os mesmos serviços recebem adicional,hora extra e podem atingir salário de até R$ 2 mil, em Coité o valor atual é de R$ 950, valor que para a grande maioria é muito baixo e desvalorizado pela importância do trabalho prestado.
O secretário disse que vai avaliar cada caso, mas garantiu que o atual governo não tirou nada dos motoristas e reconhece que devam ser valorizados, mas dentro do que já foi dito pelo prefeito Assis.
Por: Raimundo Mascarenhas