Divulgadores da empresa Telexfree em Feira de Santana se reuniram em frente ao prédio da TV Subaé, afiliada à Rede Globo no interior da Bahia, na tarde de sábado (29/06) reclamado da suspensão dos pagamentos e novas adesões à empresa, determinada pela Justiça do Acre, que considerou que a Telexfree trabalha com formação de pirâmide financeira.
Insatisfeitos com a situação da empresa Telexfree e temendo prejuízos, os divulgadores fizeram o protesto em frete ao prédio da emissora de TV, pois segundo eles neste domingo (30/06), no Programa Fantástico será divulgada uma matéria “denegrindo a imagem da empresa”. O local ficou totalmente interditado pelos manifestantes e o trânsito ficou lento na região.
Um dos manifestantes, que preferiu não se identificar disse que investiu R$ 30 mil na empresa há três meses, diz que os divulgadores pretendem continuar com os manifestos. “Vamos fechar as ruas todos os dias até quebrar essa decisão da justiça de bloquear nossos pagamentos”, afirma o manifestante.
DECISÃO JUDICIAL- No dia 18 de junho, a juíza Thaís Borges, da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, julgou favorável a medida proposta pelo (MP/AC) para suspender as atividades da Telexfree.
O desembargador do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC) Samoel Evangelista decidiu, no último dia 24, indeferir o pedido de revisão da sentença dos advogados da Telexfree e manteve a liminar.
PROCESSO ADMINISTRATIVO – Ontem (28) o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, instaurou processo administrativo contra a empresa Telexfree (Ympactus Comercial Ltda.) por indícios de formação de pirâmide financeira. A decisão está em despacho do DPDC publicado no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (28).
Segundo informações do Ministério, O DPDC recebeu no início do ano denúncias contra a empresa de vários órgãos estaduais do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, principalmente Procon e Ministério Público do Acre.
A empresa estaria violando princípios básicos do Código de Defesa do Consumidor, como o dever de transparência e boa-fé nas relações de consumo, além de veicular publicidade enganosa e abusiva.
“A prática de esquemas de pirâmides, além de crime, acarreta danos irreparáveis aos consumidores. As empresas que incorrerem nessas práticas também serão sancionadas com base no Código de Defesa do Consumidor”, alertou Amaury Oliva, diretor do DPDC, em nota emitida pelo Ministério.
Da redação