Os bancários baianos vão parar na próxima quinta-feira, 11, em adesão ao Dia Nacional de Luta, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), quando diversas categorias, em todo o País, interromperão também as suas atividades.
A orientação do Sindicato dos Bancários da Bahia é que a população realize os serviços bancários na quarta, 10, ou na sexta, 12.
A maioria dos atendimentos pode ser feita pelo internet banking ou caixas eletrônicos, como saques, pagamentos e até empréstimos, mas é preciso observar os limites diários para as transações, que variam conforme o banco.
Na Bahia há 16 mil bancários, 10 mil somente na capital. O presidente do sindicato, Euclides Fagundes, diz que a ideia é que todos parem na quinta-feira. Ao todo, 14 categorias vão suspender as atividades nesse dia, como os trabalhadores da indústria, ferroviários, rodoviários, vigilantes, médicos, professores e servidores municipais, estaduais e federais.
Fagundes acredita que, em alguns pontos da cidade, outras alternativas para a realização dos serviços – como os correspondentes bancários e as agências lotéricas -, poderão fechar. “No Centro, por exemplo, podem não abrir por causa dos protestos”.
Uma marcha de trabalhadores vai acontecer a partir do meio-dia, saindo do Campo Grande à Praça Municipal.
PL 4330 – A principal pauta dos trabalhadores em todo o País é o projeto de lei 4330/2004, que trata da terceirização, do deputado Sandro Mabel (PL-GO). “Queremos forçar a retirada do PL da pauta do Congresso. Esse projeto oficializa a terceirização. Esses trabalhadores já vivem uma relação precária, recebendo baixos salários, sem plano de saúde”, diz o presidente da CUT na Bahia, Cedro Silva.
Nesta terça, 9, membros da Central foram ao Aeroporto Luís Eduardo Magalhães para abordar os deputados federais para que votem contra o projeto.
Mas a paralisação da próxima quinta também engloba outras bandeiras como o fim do fator previdenciário; mais investimentos em saúde e educação; transporte público de qualidade; redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução dos salários; valorização da aposentadoria; reforma agrária; e suspensão dos leilões do petróleo.
Da redação CN* Com informações do A Tarde*