Centenas de pessoas se despediram do músico Edson Silva dos Santos, conhecido por “Rambo”, no fim da tarde desta terça-feira, 16, no Cemitério Municipal Recanto da Saudade em Conceição do Coité. O contrabaixista da Banda Batukerê e que trabalhou durante os festejos juninos na Banda Caciques de Nordeste, morreu no inicio da tarde de segunda-feira, 15, em um motel da cidade.
O corpo demorou bastante para ser liberado do Departamento de Polícia Técnica – DPT de Feira de Santana e consequentemente encurtou o tempo de despedida. Ele era separado da mãe dos seus filhos que já lhe deram quatro netos, mas foi pra residência dela no Bairro Açudinho onde os parentes e amigos, de maneira especial do ramo musical, não só de Coité como de várias cidades da região, tiveram o último contato antes de levá-lo à sepultura.
O caixão ficou dentro da residência até que alguém teve a idéia de colocá-lo sob um toldo montado em frente, o que facilitou para que todos fizessem a despedida. Os músicos cantaram a música “ Pais e Filhos” de Legião Urbana, uma das preferidas de Rambo, rezaram o Pai Nosso e cantaram “Noite Traiçoeira”.
O vocalista Marquinhos da Banda Batukerê emocionado pediu a todos que guardassem apenas os momentos de alegria que ele proporcionou. “Essa pessoa que conviveu com a gente por quase 10 anos, que onde chagava todo mundo falava: ou sorrisão lindo, sorrisão maravilhoso. Então, o que ele deixa pra gente é isso, alegria, descontração e muita musicalidade para nossa arte. Vá com Deus irmão, a gente se ver sempre, valeu!”,[ muito aplausos].
O compositor e vocalista do Caciques de Nordeste Ivan Costa (Grillo) lembrou que nos últimos quatro meses foi uma convivência muito próxima para se apresentarem nos festejos juninos entre ensaios e shows.” Geralmente as pessoas quando morrem, outras lamentam que tal pessoa era muito boa, e Rambo realmente era muito pra cima, alegre, trabalhei com ele em três ou quatro bandas, tive também a grata satisfação de cerca de 40 minutos antes de ele morrer, conversar com ele” [choro].
O cantor e compositor Vizek bastante sentido, disse que foi uma perda irreparável do grande amigo e parceiro. “Um grande músico. Rambo nunca deu trabalho, começou no fim da década de 80 com Giva na Maça de Cristal, depois passou por tantas bandas, Caciques, Batukerê, antes tocou na Fabilu, Magia, fez barzinho, ultimamente vinha decolando com R3, tocou comigo recentemente… O coração da gente fica partido. Baixista para superar a competência de Rambo é difícil, não só pela atuação dele com o instrumento, mas pelo carisma que ele passava para todos”, disse Vizek.
Edson foi sepultado ainda com a causa da morte desconhecida, embora todos os indícios possam indicar um infarto. Segundo Marcelo Lopes da Funerária responsável pelo translado do corpo, foi coletado material para encaminhar para o IML de Salvador e o resultado definitivo deverá sair nos próximos 15 dias.
Por: Raimundo Mascarenhas
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