A saúde em Conceição do Coité e de toda região sisaleira da Bahia dá um grande salto de qualidade com a reabertura do Hospital Municipal, que agora se transforma em uma maternidade para resolver um problema histórico: a falta de leitos e de atendimento público e gratuito a mulheres gestantes. Antes, as mulheres que não tinham condições de pagar por uma cesariana precisavam se deslocar em ambulâncias para Feira de Santana ou mesmo Salvador. Com a nova unidade de saúde, isso não será mais necessário.
O hospital ganhou leitos e equipamentos modernos para atender grávidas em casos de urgência e emergência, além de um Centro de Parto Natural e incubadoras. Um avanço importantíssimo nesse processo de transformação que a atual gestão está implantando na saúde pública do município, antes relegada ao fisiologismo político e a práticas eleitoreiras que provocaram o fechamento desta unidade após o pleito do ano passado e a necessidade da prefeitura ingressar na Justiça para assegurar a reabertura e reforma.
A saúde está sendo tratada com a seriedade que merece. Encontramos a prefeitura, no início do ano, com duas ambulâncias sucateadas. Hoje, temos cinco veículos, sendo três novos, em pleno funcionamento. Dobramos as diárias dos motoristas, melhoramos as condições de trabalho dos servidores da área, reforçamos a parceria com o Hospital Regional e investimentos também na reforma e ampliação dos Postos de Saúde da Família. Isso sem falar na assinatura do convênio com o Ministério da Saúde que vai garantir a implantação de uma Unidade de Pronto Atendimento em Coité.
Claro que os desafios ainda são grandes, e o trabalho precisa ser incansável. Um dos grandes problemas ainda é a contratação de médicos. Por isso, somos parceiros do programa federal Mais Médicos. Mas entendo que a solução para este problema seria a criação de um plano de carreira nacional para esses profissionais, com um padrão remuneratório que observasse as peculiaridades regionais, a fim de que fosse compensatório ao profissional se estabelecer nos locais mais distantes dos grandes centros urbanos.
Outra medida importantíssima seria a interiorização dos cursos de medicina, uma vez que isto possibilitará aos jovens se graduarem em suas próprias regiões, sem romper o cordão umbilical e, assim, será bem maior a possibilidade de que trabalhe perto dos seus. É inadmissível que uma região como a sisaleira ainda não conte com uma universidade que tenha curso de Medicina.