O município de Ipirá, localizado no território da Bacia do Jacuípe, é um dos principais produtores de artefatos de couro da Bahia e agrega mais de 150 fábricas de pequeno e médio porte. A atividade secular, desenvolvida principalmente nos distritos de Malhador, Umburanas e Rio do Peixe, responde por uma das principais fontes de emprego e renda para mais de três mil famílias.
Com o objetivo de abrir novos nichos consumidores, dinamizar a economia e posicionar o município no mercado regional e nacional, a deputada Neusa Cadore, a prefeitura municipal e Universidade do Estado da Bahia, estão buscando apoio para a realização da I Feira do Couro de Ipirá entre os dias 13, 14 e 15 de dezembro. Para discutir o assunto, foi realizada na tarde de quarta-feira, 18, uma audiência na Secretaria de Indústria e Comércio para apresentação do projeto. Estiveram presentes a deputada Neusa, a assessora parlamentar Julita Trindade, o reitor da UNEB, Lourisvaldo Valentim, Naira Moura e Tadeu Bello, professores da instituição, e o prefeito Ademildo Almeida
O secretário James Correia falou sobre o contingenciamento de recursos, a partir do decreto publicado pelo Governo da Bahia, que restringe investimentos em determinadas atividades. Mas, dada a importância da proposta, ele se comprometeu em analisar a situação junto à Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Luta pelo fortalecimento da cadeia produtiva
“A realização da Feira do Couro é o primeiro passo de uma estratégia que pretende fortalecer a cadeia produtiva do couro em todas as suas dimensões”, destaca a deputada Neusa Cadore. A parlamentar afirmou que o segmento necessita de políticas públicas mais efetivas para que Ipirá possa se transformar num polo de geração de emprego e renda.
O professor Lourisvaldo Valentim falou do desejo da UNEB em contribuir com o desenvolvimento do município, inclusive disponibilizando corpo técnico da universidade para atender as demandas apresentadas, a exemplo da capacitação em design, administração e contabilidade. A proposta é que nos próximos cinco anos, os pequenos produtores possam se aprimorar e qualificar os produtos, estar organizados e alcançar sustentabilidade.
A participação pública na construção da proposta tem sido um dos destaques. Desde julho, artesãos, produtores de couro e empresários do ramos têm sido envolvidos no debate e formulação do projeto. Uma das reuniões ocorreu no dia 24 de agosto, em Malhador, com a participação da deputada Neusa Cadore. De acordo com o professor Tadeu Bello, esses encontros têm sido cruciais para a elaboração do diagnóstico e têm mostrado que serão necessárias várias intervenções a médio e longo prazo.
Por: Lourivânia Soares / Ascom Neusa Cadore