O Senado Federal suspendeu um pregão para a compra de 270 itens que iriam abastecer, durante seis meses, a residência oficial do presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Na lista constavam alimentos e produtos de limpeza no valor de R$ 98 mil, tudo pago com o dinheiro dos contribuintes brasileiros. Conforme reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a lista incluia 133 tipos de carnes, que totalizavam 1,7 tonelada.
Dividida por 180 dias, a quantidade média diária que o peemedebista teria à disposição em sua mesa era de quase 10 kg. Entre as carnes há camarão, a um custo de R$ 5.145, filé mignon (R$ 4.050), salmão (R$ 1.710), bacalhau (R$ 1.582) e picanha ( R$ 1.975). A lista inclui ainda a compra de carne de marreco e pato.
A concorrência, marcada para a última quarta (16), foi suspensa por ordem do diretor-geral do Senado, Helder Rebouças. Comunicado oficial da Casa informa que o pregão foi suspenso “tendo em vista as medidas de racionalização administrativa adotadas por esta Casa Legislativa e a necessidade de reavaliação dos processos de contratação”.
Procurado, Renan Calheiros orientou conversar com a sua assessoria. Um assessor do peemedebista afirmou à reportagem que o pregão foi suspenso porque havia “muito erro na quantidade” dos produtos, “itens em excesso” e “preços superfaturados”.
Com informações do Bahia Notícias*