O coronel da Polícia Militar Martinho Nunes e os irmãos Clóvis Nunes e Carlos Nunes, naturais de Santaluz, foram presos na manhã desta quinta-feira (28) durante uma operação de combate a golpes no programa federal de desarmamento. A operação, batizada de “Vulcano” foi deflagrada pela Polícia Federal e deve cumprir 23 mandados nos municípios baianos de Feira de Santana, Cícero Dantas e Antas, além de Fortaleza, no Ceará.
Segundo a PF, a fraude era feita com o cadastramento de armas artesanais como se fossem de fabricação industrial, a fim de gerar valores que podiam variar de R$ 150 a R$ 400. Ainda de acordo com a PF, os irmãos Nunes são responsáveis pela ONG Casa da Paz, braço da MovPaz Brasil, coordenada por Clóvis Nunes, e mantinham um esquema em que fabricavam armas artesanais, depois repassadas à ONG. Em troca, os suspeitos receberiam a taxa indenizatória. Ainda segundo a polícia, os irmãos falsificavam recibos e recebiam outros valores.
As fraudes causaram prejuízo ao governo federal de aproximadamente R$ 1, 3 milhão. A PF apurou que das 8.800 armas de fogo, cadastradas pela ONG investigada e que geraram indenizações no sistema Desarma, 4 mil armas não existiam e outras 4.400 eram de fabricação artesanal. Apenas 400 estavam aptas para gerar indenizações. A PF informou que durante a revista na casa do coronel Martinho, a polícia encontrou um rifle 44 sem documentação.
Em Santaluz, o coronel Martinho foi diretor do Centro Educacional Nilton Oliveira Santos (CENOS), na gestão do ex-prefeito Joélcio Martins e mora em Feira de Santana desde 1993. Ele foi empossado presidente do Comitê do Desarmamento em Feira de Santana em maio de 2011.
Informações e foto: Noticias de Santaluz