O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu o concurso do Ministério do Planejamento, realizado em agosto deste ano, por suspeitar que as regras teriam favorecido a contratação de indicados políticos, com cargos de chefia no serviço público. De acordo com o ‘Estadão’, os ministros da corte acreditam que o edital dá excessivo peso à experiência profissional em “atividades gerenciais”, o que abriria as portas da pasta para a entrada de comissionados que ocupam altos postos na administração.
A seleção, que foi aberta em junho, previa a nomeação de 150 especialistas em políticas públicas e gestão governamental, com salário de R$13.775,37, incluindo o auxílio-alimentação, de R$373. O resultado do concurso ainda não foi divulgado. Os problemas identificados pelo TCU estão na segunda etapa do certame, onde o candidato que ateste experiência em atividade gerencial mais doutorado, mestrado e especialização pode obter até 200 pontos. O que privilegiaria quem ocupou posição de gerência nos 10 anos de gestão petista.
Além disso, o tribunal considera o peso dado à prática profissional um exagero já que não há clareza quanto aos parâmetros para aferir a chamada “experiência gerencial”.
A secretária de Gestão Pública do Planejamento, Ana Lúcia Amorim Brito, afirmou ao jornal que os gestores vão assessorar e liderar equipes na formulação e implantação de políticas públicas, sendo a vivência de mercado um “diferencial competitivo” que se ajusta mais às exigências do cargo que o banco universitário.
Com informações do Correio*