“O Marcos é o único que está me acompanhando da minha cidade e ele só tira meus cadeados se eu estiver desmaiado. Do contrário, não. E eu sou grande, então devo aguentar bastante”, brinca Aerci Arreal, que era locutor em sua cidade e investiu aproximadamente R$ 35 mil na Telexfree, quatro meses antes de a empresa ser bloqueada pela Justiça do Acre.
Segundo o divulgador, para que os dois amigos chegassem no estado, enfrentaram muitas dificuldades. “Não tínhamos condições financeiras de estar aqui. Mobilizamos uma campanha pela internet, tivemos uma série de doações de pessoas que se dispuseram a ir até um caixa eletrônico fazer um depósito de R$ 1 e conseguimos o valor necessário. Por esses, e por nós mesmos, estamos batalhando”, ressalta.
Marcos Wieczynski, que veio dar apoio a Arreal, também investiu R$ 35 mil na Telexfree. Ele era técnico de máquina em uma empresa têxtil e largou tudo para ser divulgador. “Eu tive tempo para conseguir lucrar com o dinheiro investido, mas vim em nome das pessoas que confiaram e entraram através de mim na empresa. Me sinto culpado por elas terem perdido dinheiro”, afirma.
Entenda o caso
A Telexfree está impedida de atuar no país desde junho de 2013, após uma decisão da Justiça do Acre. A empresa foi denunciada pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) por suspeita de operar um esquema de pirâmide financeira.
Em novembro de 2013, uma audiência de conciliação realizada na 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco terminou sem acordo entre a Telexfree e o MP-AC.
G1