O Instituto do Meio Ambiente da Bahia – INEMA já havia divulgado resultado das amostras da água do açude, coletada no fim de janeiro deste ano, quando várias toneladas de peixes foram retirados mortos por conta da poluição, proveniente do esgotamento sanitário domestico da sede do município de Conceição do Coité há quase 20 anos. O resultado apontou várias substâncias que ocasionou na poluição em grau muito elevado e algo muito grave foi presença de substancia cancerígena.
Na ocasião a Prefeitura proibiu que os moradores, a maioria pescadores e agricultores de hortaliças não usassem a água. Pensando em dá sustentação as famílias, a Prefeitura se mobilizou para cadastrar a população atingida ficar recebendo cestas básicas e priorizou o cadastramento dos homens para o trabalho nas casas que estão sendo construídas no Conjunto Habitacional Cidade Jardim. Mesmo assim, por motivo desconhecido, circulou informação de que algumas famílias ainda insistiam em fazer uso da água para regar as hortaliças e até caminhão pipa estava sendo cheio no açude poluído.
Diante dessa grave situação, a coordenadora de Vigilância Sanitária do Município apresentou o problema ao Ministério Público que pediu imediatamente a interdição da aguada que nos últimos dias, após novas chuvas apresentou grande podridão, formação de placas na superfície que qualquer leigo classifica como poluição vinda do esgoto. O INEMA coletou novas amostras e posteriormente apresentará os resultados.
Na manhã desta terça-feira, 14, duas equipes de TV, Itapoan-Record e Aratu-SBT estiveram no açude realizando gravação para os telejornais da noite e entrevistaram a ambientalista Juliana que informou que não tem dúvida que aquele forte odor exalados da água do açude é resultado do esgoto doméstico.
O secretário de Infraestrutura Josuel Oliveira esteve no açude estudando uma forma de interditar os acessos onde os caminhões carregam e como evitar que os produtores façam uso da agua para molhar as hortaliças.
Despoluição só a partir do segundo semestre de 2014 – Já foi aprovado o projeto de despoluição do açude itarandi e tratamento 100% do esgotamento sanitário de Coité, porém se trata de uma obra relativamente cara e será construída com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento – PAC 2 , do Governo Federal cujo investimento será superior a R$ 40 milhões.
O secretário de Comunicação e Relações institucionais Valdemí de Assis agendou uma audiência nesta quarta-feira, 15, na Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia, para discutir uma forma de amenizar a situação de poluição, retirando todo o resíduo acumulado sobre a água, enquanto aguarda a obra do PAC.
Por: Raimundo Mascarenhas
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