A declaração do vereador Odilon Rocha de Sanção (SDD) causou polêmica no município de Parauapebas, no sudeste do Pará, e foi o principal assunto da sessão desta quinta-feira (7) na Assembleia Legislativa do município.
Na sessão do último dia 24, Odilon questionou o valor do salário dos vereadores. “O valor que o vereador ganha aqui, se ele não for corrupto, ele mal se sustenta durante o mês”, disse Odilon, que cumpre atualmente seu quinto mandato na Assembleia do município. O vídeo com a declaração circulou por redes sociais e foi alvo de reclamações de moradores do município.
Na sessão desta quinta,7, Odilon tentou explicar a declaração. “O vereador, para sobreviver com o salário de R$ 7.800 (salário após descontos) aqui dentro desta casa, com o padrão de vida que depois de eleito ele tem e não é só eu, a gente dá mal para sobreviver”, disse o vereador.
Odilon explicou ainda explicou que não teve a intenção de acusar algum colega de casa de ser corrupto, e apenas questionou os vencimentos recebidos pelos vereadores. “Se for para eu sobreviver apenas com esse salário, com certeza absoluta eu não passaria o padrão de vida que eu levo hoje”, afirmou.
Para o vereador Major da Mactra (PSDB), a declaração é exagerada. “Dá para todos viverem, claro que dá. Não tem nenhum aí (dos vereadores) que não sobreviva com este dinheiro”, disse.
Cada um dos 15 vereadores de Parauapebas recebem o valor bruto de R$ 10.013,00 de salário, antes dos descontos de impostos. Os vereadores ainda tem direito aos valores de R$ 2.800,00 para custear despesas com combustível e R$ 1.00,00 para despesas com telefone, totalizando o valor de R$ 13.813,00, que equivale a 17 salários mínimos.
Além deste valor, os vereadores ainda tem direito a uma caminhonete alugada pela câmara e diárias para viagens, que variam de R$ 300,00 a R$ 800,00.
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