De acordo com a Secretaria de Saúde do Município de Conceição do Coité, está chegando ao fim a campanha de vacinação contra polio e mais de 2,2 mil crianças do município ainda não foram vacinadas. O alto indice também preocupa em todo o Brasil onde mais de 6,3 milhões ainda precisam ser vacinadas contra a paralisia infantil.
Balanço da Secretaria da Saúde, divulgado na última sexta-feira,28, indica que, até o momento, 2.278 crianças coiteenses foram imunizadas durante a 36ª Campanha Nacional contra a Poliomielite, que iniciou no dia 15 deste mês. A expectativa é vacinar, pelo menos, 4.566 crianças entre seis meses e cinco anos incompletos. Durante esses dias a campanha atingiu apenas 49,8% do público-alvo.
Vale destacar que todas as crianças nessa faixa-etária devem ser imunizadas, mesmo que já tenham completado o esquema vacinal contra a pólio. Neste caso, a dose servirá como reforço na proteção.
A campanha não tem perspectiva de prorrogação, portanto é essencial que pais e responsáveis levem as crianças nos postos de vacinação até a próxima segunda-feira (31). O objetivo da campanha, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com estados e municípios, é manter o país livre da pólio, uma vez que o último caso da doença foi registrado em 1989. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem. Entretanto, como alguns países da África e Ásia ainda apresentam casos da doença, é essencial manter a população vacinada, para garantir que a paralisia permaneça erradicada no Brasil.
Outras doenças, como sarampo e caxumba, também podem ser evitadas por meio da vacinação ainda na infância. Para isso, este ano o Ministério da Saúde realiza, juntamente com a campanha contra a pólio, ação para atualizar a caderneta de vacinação infantil. A orientação é que pais e responsáveis, quando levarem as crianças para receber a gotinha contra a paralisia, apresentem a caderneta ao profissional de saúde, que irá avaliar a necessidade da administração de outras vacinas.
Assim, doses que estiverem em atraso poderão ser aplicadas na hora ou agendadas para outra data, mantendo o esquema vacinal da criança atualizado. Durante a campanha, serão disponibilizadas vacinas contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba, varicela, meningites, febre amarela, hepatites, difteria e tétano, entre outras.
As crianças que ainda não iniciaram o esquema vacinal contra a poliomielite não receberão a gotinha, mas sim a dose injetável da vacina, que é aplicada aos dois e quatro meses de idade do bebê. A vacina de oral só é administrada depois que a criança já recebeu as duas doses injetáveis.
SEGURANÇA – A vacina contra a paralisia infantil é a única forma de prevenção contra a doença, que não possui tratamento. A vacina é segura e tem elevada eficácia entre 99% e 100%. Crianças com sintomas como tosse, coriza, rinite ou diarreia podem receber a vacina normalmente. Já crianças com infecções agudas, febre acima de 38ºC ou hipersensibilidade a algum componente da vacina devem ser avaliadas por um médico, que irá avaliar se a dose pode ser aplicada na hora ou se deve ser agendada.
POLIOMIELITE – A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.
O Brasil é referência mundial em vacinação e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante à população brasileira acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, são disponibilizadas pela rede pública de saúde, de todo o país, 17 vacinas que integram o Calendário Nacional e combatem mais de 20 doenças, em diversas faixas etárias.
Esquema sequencial de vacinação contra a poliomielite
Idade |
Qual a vacina |
2 meses | Vacina inativada poliomielite – VIP (injetável) |
4 meses | VIP |
6 meses | Vacina oral poliomielite – VOP |
15 meses | VOP (reforço) |
4 anos | VOP (reforço) |
As informações são da SECOM Coité – Camila Bogaz e Carlos Américo, da Agência Saúde