Em anúncio no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (2), a presidente Dilma Rousseff reduziu 3 mil cargos comissionados, 30 secretarias e oito ministérios. Dilma também revelou diversas medidas para enxugar os gastos da União, mas ressaltou que elas são temporárias diante da crise econômica que se agrava no país.
Veja abaixo as medidas anunciadas pela presidente:
– Criação da Comissão Permanente da Reforma do Estado
– Extinção de oito ministérios
– Extinção de 3 mil cargos comissionados
– Eliminação de 30 secretarias ligadas a ministérios
– Redução de 10% nos salários dos ministros
– Corte de 30% nos gastos de custeio
– Imposição de limite de gastos com telefone, passagens e diários aos ministérios.
– Revisão de contratos de serviços terceirizados.
Segundo a presidente, a intenção é construir um Estado mais “ágil” e meritocrático. “Queria dizer aos senhores que todos os países, todas as nações que atingiram desenvolvimento construíram estados modernos. Esses estados modernos eram ágeis, eficientes, baseados no profissionalismo, na meritocracia e adequados ao processo de desenvolvimento que cada país estava criando. Nós também temos que ter esse objetivo”, garantiu Dilma durante o discurso.
Os ministérios extintos serão fundidos em pastas comandadas por apenas um ministro – Pesca e Agricultura, por exemplo serão um só. “Vamos também extinguir a Secretaria de Assuntos Estratégicos e as atribuições que remanescerem serão integradas ao Ministério do Planejamento. A Secretaria-Geral será extinta e transformada em Secretaria de Governo”, anunciou a presidente.
“O Gabinete de Segurança Institucional manteremos em gabinete militar ligado diretamente à Presidência da República. Também integrará a Secretaria de Governo a Secretaria de Micro e Pequena Empresa e Secretaria de Relações Institucionais”, revelou.
“Nós estamos num momento de transição de um ciclo para um outro ciclo, de expansão, que vai ser profundo, sólido e durador. Quero dizer que, apesar de termos feito profundos cortes no Orçamento, fizemos cortes significativos nas despesas, quero dizer que continuamos implementando políticas fundamentais para nossa população”, garantiu.
Além dos cortes, houve também mudança de cargos. Dez ministros novos ou que mudaram de pasta vão assumir suas novas funções em breve, como já tinha sido anunciado antes. Jaques Wagner (PT) vai para a Casa Civil; Celso Pansera (PMDB) vai para Ciência e Tecnologia; André Figueiredo (PDT) assume o Ministério das Comunicações e Aldo Rebelo (PCdoB) vai para Defesa.
Já Aloizio Mercadante (PT) vai para Educação; Nilma Lino Gomes (sem partido) assume o Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos; Helder Barbalho (PMDB) vai para Portos; Marcelo Castro (PMDB) vai para Saúde; Ricardo Berzoini (PT) assume Secretaria de Governo e Miguel Rossetto (PT) vai para o Ministério do Trabalho e Previdência.
Correio24H