Uma mulher de 29 anos confessou ter ateado fogo no cunhado, no último dia 27 de abril, após ele quebrar o celular da suspeita em Feira de Santana. De acordo com a Polícia Civil, o crime aconteceu na Rua Mantiqueira, no bairro Rua Nova.
De acordo com o titular da Delegacia de Homicídios de Feira de Santana Gustavo Ameno Coutinho, que investiga o caso, Marlene Santos Peixoto procurou a delegacia acompanhada de um advogado na tarde de terça-feira (3). Ela estava escondida na casa de uma outra irmã.
Ela morava há quatro anos na casa do cunhado, Antônio Teodoro Silva, 27, quando saiu de Iaçu para procurar emprego. O crime aconteceu dois dias após a esposa de Antônio sair de casa, levando as duas filhas que tinha com a vítima.
Crime
Em depoimento, Marlene contou que a briga com Antônio começou quando ele perguntou onde a esposa estava e ela disse que não sabia. Os dois, então, começaram a discutir e a vítima quebrou o celular de Marlene.
A cunhada teria dito que ele iria pagar o aparelho e a vítima teria se negado e expulsado a suspeita de casa sem permitir que ela levasse nada. “Ela foi até um posto de gasolina e comprou um litro de gasolina em uma garrafa pet. Depois, ela colocou a gasolina em um vaso plástico, entrou na residência e chamou ele. Ele viu o líquido e perguntou se ela iria matá-lo. Ele não achou que ela teria coragem de fazer”, explica o delegado.
Marlene, entretanto, jogou a gasolina no cunhado e riscou o fósforo. A vítima ainda saiu correndo até o banheiro e ligou o chuveiro. Uma outra filha da vítima acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Antônio foi socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade. Parte da casa também pegou fogo. Após o crime, Marlene fugiu.
Entretanto, o estado de saúde da vítima piorou e ele foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no último dia 30. O delegado Gustavo Coutinho passou a investigar, que até então era investigado pela 3ª Delegacia como tentativa de homicídio.
Violento
Segundo o delegado, Marlene afirmou que o cunhado era violento e tinha costume de bater na esposa. Ainda segundo a suspeita, há quatro queixas contra Antônio registrado na Delegacia da Mulher, em Feira de Santana.
Após ser ouvida, Marlene foi liberada. Segundo o delegado, não há motivos para pedir a prisão preventiva da suspeita. “Como ela apareceu espontaneamente, tem residência e emprego fixos e é réu primária, além de estar colaborando com as investigações, não há motivos para pedir a prisão preventiva”, informou.
Porém, conforme o delegado Coutinho, a prisão preventiva da suspeita deve ser pedida no final do inquérito. Até o momento, as duas irmãs da acusada e alguns vizinhos já foram ouvidos pela polícia. O prazo para que o inquérito seja concluído é de 30 dias a partir da data do crime.
Correio24H