O Ministério da Justiça identificou um montante de R$ 38 bilhões que podem ter sido desviados nos últimos sete anos, envolvendo seis mil casos investigados pela Rede Nacional de Laboratórios Contra a Lavagem de Dinheiro (Rede-Lab).
Segundo informações do jornal A Tarde, R$ 10 bilhões foram desviados na Bahia desde 2010, quando o Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro do Ministério Público do Estado (MP-BA) começou a funcionar. O balanço foi apresentado nata terça-feira (2), durante o ‘I Encontro de Novos Laboratórios de Tecnologias contra Lavagem de Dinheiro (Lab-LD)’, realizado pela Rede-Lab na sede do MP-BA, em Nazaré.
A rede é composta por 56 laboratórios instalados em órgãos de investigação em todos os estados do país, que utilizam analisam dados financeiros para identificar as situações de lavagem de dinheiro e assim recuperar as quantias desviadas. “Não tem nada mais criativo do que um criminoso. Eles vão criando novas tipologias a partir do momento em que outras são identificadas”, diz o coordenador da Rede-LAB, Leonardo Terra. Segundo o promotor de Justiça Antônio Villas Boas Neto, coordenador do Lab-LD do MP baiano, as organizações criminosas usam “técnicas sofisticadas” para lavagem de dinheiro.
Um exemplo foi um caso de desvios e lavagem de dinheiro. “Toda vez que conseguimos compreender, ele encontra outra maneira. No crime organizado, por exemplo, a lavagem é no varejo, o dinheiro vai sendo distribuído em pequenas contas. No caso de Santo Amaro, com somas vultosas, você consegue ter uma percepção mais clara”, diz.
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