O vereador recém-eleito Messias Aguiar (PMDB), preso com quase 300 kg de drogas, no município de Ubaitaba, no sul da Bahia, na segunda-feira (3), teve a campanha financiada pelo tráfico de drogas da região. A informação foi divulgada pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), nesta terça-feira (4).
O vereador tem 34 anos e foi o segundo mais votado na cidade, com 571 votos. Conforme a SSP, o suspeito foi ouvido pelo delegado Evy Paternostro coordenador da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Ilhéus), onde Messias está custodiado.
Segundo o delegado, embora sem passagens pela polícia, o vereador já havia sido denunciado por participação no tráfico de drogas do município. “Há informações de que toda a campanha tenha sido financiada pelo tráfico local”, afirmou Paternostro.
O coordenador da 7ª Coorpin informou que a investigação continua para apurar detalhes da ligação do suspeito com o tráfico de drogas na região.
Ainda segundo a Secretaria da Segurança Pública, em depoimento, Messias, que constava no cadastro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) como agricultor, negou ser dono da fazenda onde parte da droga foi encontrada e disse também não ser o proprietário dos entorpecentes. A SSP informou que um funcionário da propriedade rural disse que o local pertence ao vereador recém-eleito.
Prisão
De acordo com a PM, a prisão do vereador Messias Aguar ocorreu após denúncia anônima, na tarde de segunda-feira, em uma fazenda localizada na zona rural de Ubaitaba. Com o suspeito, a polícia encontrou 270 kg de maconha, 2 kg de cocaína, uma balança de precisão e sacos plásticos para embalar a droga.
Conforme a PM, durante a abordagem policial, Messias Aguiar negou que a fazenda fosse dele, mas confessou a posse das drogas. O vereador foi levado para a Delegacia Regional de Ilhéus, a 65 km de Ubaitaba, onde está à disposição da Justiça.
Em entrevista ao G1, o juiz eleitoral Glaucio Klipel, explicou que a lei diz que se no dia da posse, em 1º de janeiro de 2017, o candidato eleito estiver preso, quem assume é o suplente, até que o caso dele seja resolvido na Justiça. Segundo o magistrado, se o vereador for absolvido no julgamento, ele poderá assumir o cargo.
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