O presidente da Câmara e articulador da reforma da Previdência, deputado Rodrigo Maia, admitiu que tem enfrentado dificuldade para articular os 308 votos necessários para aprovação da proposta.
“Se não tiver voto, não vamos marcar a data. Falta muito, mas não fiz a conta, então não vou falar um número. A base não está articulada como deveria”, disse. Um levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo indica que pelo menos 210 dos 513 deputados deverão votar contra a reforma.
O parlamentar ressaltou a importância do PSDB para votação, mas sinalizou que as mudanças sugeridas pelos tucanos dificilmente serão aceitas – são elas: concessões nas áreas de aposentadoria por invalidez, acúmulo de benefícios e nas regras de transição para servidores.
O governo estima que a incorporação das mudanças reduziriam para menos da metade a economia esperada com a reforma, que já está em 60% menor que a redução de gastos prevista no texto original.
De R$ 793 bilhões em dez anos, o valor caiu para R$ 476 bilhões. No próximo domingo (3), Maia e o presidente Michel Temer se reunirão com líderes e presidentes de partidos para contabilizar os votos favoráveis à reforma.