Duas jovens de 17 e 18 anos foram assassinadas a tiros por volta das 11h desta quinta-feira (5) em um matagal há cerca de 500 metros da Avenida Artêmia Pires, próximo à FTC, no bairro SIM em Feira de Santana.
Próximo aos corpos foi encontrada uma mochila. Policiais da 66ª Companhia Independente da Polícia Militar (66ª CIPM) estiveram no local e preservaram a cena do crime até a chegada dos peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e a equipe da Delegacia de Homicídios (DH).
Elas foram identificadas como Záira Correia Lopes, de 18 anos, e Ana Carla Dos Santos de Jesus, 17 anos.
O delegado Rodolfo Faro, titular da Delegacia de Homicídios (DH), informou à reportagem do Acorda Cidade que ao saber da notícia de que duas jovens teriam sido assassinadas no SIM, uma tia de criação de Ana Clara compareceu ao local do crime e disse que as duas jovens são do município de São Domingos no território do sisal.
Elas teriam ido à Feira de Santana para visitar esta tia e assim que chegassem telefonariam para ela, para que a mesma solicitasse um veículo de aplicativo.
“O carro de aplicativo seria para conduzi-las até a residência desta tia de Ana Carla. A tia alega não conhecer Záira e a tratava como uma prima distante da Ana Carla. A gente agora vai trabalhar no sentido de entrar em contato com familiares para ver qual seria a verdadeira motivação da vinda dessas jovens aqui para Feira de Santana. A tia não sabia alegar o motivo delas irem parar na Avenida Artêmia Pires e informações preliminares dariam conta de que essas duas jovens teriam ido ao Zilda Arns e ao Melo Matos, realizarem visita a algum interno. Uma informação que não se confirmou. Nos diligenciamos até esses dois locais e não procedeu essa informação de que elas teriam ido a estas unidades visitar algum interno. A polícia ainda trabalha no sentido de identificar o porquê delas se encontrarem naquele local, onde elas teriam sido vistas e após os disparos, encontradas mortas em um matagal”, afirmou ao Acorda Cidade.
De acordo com Rodolfo Faro, as jovens foram alvejadas por tiros na cabeça e nos membros superiores.
Uma das jovens levou um tiro na boca e ele relatou que a polícia também busca investigar se existe relação nesse disparo com alguma motivação por ter denunciado ou delatado alguém. Ele declarou que na Avenida Artêmia Pires existem muitas câmeras de monitoramento de segurança de condomínios e que a polícia já tem algumas imagens destes equipamentos.
“Vamos trabalhar para pegar todo o itinerário. Ver como elas chegaram e como foram levadas para o interior desse matagal. A gente prefere ainda não falar sobre a linha de investigação e qual seria a motivação desse crime. Estamos esperando que algum familiar compareça e traga documentos para identificar a segunda vítima oficialmente e também saber através de familiares o motivo delas terem vindo ao lugar. Os celulares delas foram subtraídos, o que nos leva a crer que elas possivelmente marcaram um encontro nesse local e de lá foram levadas para esse matagal. Elas chegaram por volta das 11h e minutos após foram mortas, segundo informações de trabalhadores de um condomínio que escutaram os disparos e acionaram o 190. Então foi um horário específico e vamos pegar um tempo anterior e posterior para a gente tentar identificar algum veículo, algum indivíduo que tenha levado essas jovens para este local”, pontuou.
Segundo o delegado, uma das vítimas estava com uma mochila e carregava algumas peças de vestuário, lençóis e documentos.
Fonte: Acorda Cidade