A atuação do governo da Índia no combate à Covid-19 foi essencial para a redução drástica da disseminação de casos e das taxas de mortalidade pela doença. É o que aponta o cientista americano Yaneer Bar-Yam, que é especialista em análise quantitativa de pandemias.
Em setembro do ano passado, o país asiático confirmava 100 mil casos por dia. O número caiu para cerca de 12 mil nos primeiros meses de 2021. Em artigo publicado no site endcoronavírus.org, Bar-Yam listou nove ações governamentais que desencadearam essa resposta.
A primeira delas foi o zoneamento do país em três zonas – vermelha, laranja e verde – para bloqueios localizados. Depois, veio a restrição de viagens e o isolamento e rastramento de contato de indivíduos com teste positivo para a Covid-19. Contatos primários destes ficaram em quarentena para evitar a disseminação do vírus.
As faculdades e escolas indianas permaneceram fechadas por um longo período, e a recente reabertura foi parcial, por causa do número muito baixo de casos. Além disso, a alta produção industrial de máscaras e outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) também foi destacada por Bar Yam.
Quem não seguisse as regras de proteção, recebia telefonemas e multas pesadas. A Índia passou de um único laboratório que poderia realizar testes RT-PCR para COVID-19 para mais de 2300 em um curto espaço de tempo. Áreas urbanas de alta densidade tiveram medidas mais duras. Por fim, a campanha de vacinação deve ser o ponto chave para chegar ao nível desejado de imunização da população.
Fonte: Bahia Notícias