O Município de Conceição do Coité está completando nesta quarta-feira, 07 de julho, 88 anos de emancipação política e administrativa, mas em razão da pandemia a população não tem muito o que comemorar, mesmo assim a Prefeitura deverá realizar atividades cívicas que serão apresentadas em Live.
O Departamento de Cultura, vem realizando a Exposição Memórias do Nosso Povo, em comemoração aos 88 anos. A exposição dispõe de fotos e apresenta objetos relacionados aos diversos momentos da história, assim como a vida de muitos coiteenses e seus costumes.
A programação acontece até dia 16 de julho, com uma visitação limitada e atendendo aos protocolos de biossegurança, no salão de exposições da Praça da Babilônia.
Conceição do Coité está localizado no território do sisal tendo a segunda maior população. Com pouco mais de 67 mil habitantes Coité aparece com o 32º mais populoso do Estado da Bahia.
Se não figura entre os 20 municípios mais populosos, está entre os mais conhecidos no Estado, através da Cultura, citando a Orquestra Santo Antônio que levou o nome da cidade para o Brasil através de várias participações de programas de TV e apresentações no exterior, no futebol profissional com Vandick, Wallace, Tobinha entre outros, MMA com Michelle Oliveira, na música com vários artistas, na política sendo a única cidade com população inferior a 100 mil habitantes com dois deputados estaduais, Alex da Piatã e Tom Araújo, dos 63 que compõem a Assembleia Legislativa.
Conceição do Coité não é conhecida apenas pelos nomes citados, podemos dizer que são celebridades da história recente, ao longo dos anos sempre se destacou principalmente pela força do sisal sua principal economia.
Em Conceição do Coité reside Dona Antônia Santa Cruz que completou 116 anos em 13 de junho, a mais velha da Bahia, segunda mais velha do Brasil e quarta mais velha do mundo.
História
Segundo a tradição, o arraial de Coité originou-se de pouso de tropeiros que se deslocavam de Feira de Santana rumo à jacobina que dividiam a jornada, descansando num local onde havia fonte que, mesmo no período da estiagem, jorrava. A água desta fonte era utilizada pelos tropeiros para consumo próprio e para matar a sede dos animais da tropa.
Assim surgiu o arraial que tomara a denominação Coité, porque os tropeiros pernoitavam sob o abrigo de uma árvore, cujos frutos eram pequenas cabaças que, no idioma primitivo, recebiam o nome de ‘Cuite’ (pequena cuia) a qual, serrada no meio era utilizada pelas donas de casa.
Para que o arraial fosse elevado à categoria de freguesia seria necessária a doação de terras ao Santo padroeiro. Então o Senhor João Benevides, antigo morador da povoação e proprietário de muitas terras, doou uma área onde está edificada a igreja de Nossa Senhora da Conceição, e grande parte do município. Pode-se afirmar, portanto que Conceição do Coité foi fundada pelo senhor João Benevides e família no através da Lei Provincial nº 539, de 9 de maio de 1855. Com a criação da freguesia, o povoado de Coité recebeu o seu primeiro padre, Manoel dos Santos Vieira. Pelo Decreto nº 8.528 de 7 de julho de 1933, o município de Coité tornou-se autônomo, mas só a partir de 1º de março de 1966 tem a sua própria comarca.
Na condição de Arraial, Conceição do Coité teve implantado serviços cartoriais que eram conduzidos, no século XIX, pelo escrivão Raimundo Nonato do Couto, responsável pela lavratura de diversas escrituras de alforrias de negros libertos.
Características gerais
Possui uma área de 1.086,224 km², estando localizada na zona fisiográfica do nordeste, ao leste da Bahia, na microrregião de Serrinha. A sede do município esta a 380m acima do nível do mar. O município de Coité limita-se em Serrinha (ao sul), Retirolândia (ao norte), Araci (ao leste). Riachão do Jacuípe (ao oeste), Ichu (ao sudeste), e Santaluz (a noroeste).
A maior parte do terreno coiteense é plano, por isso, podemos dizer que seu relevo predominante é planície, sendo seu ponto mais alto o do Morro do Mocambo com 100 m de altura.