Santa Dulce dos Pobres não terá mais um feriado nacional para chamar de seu. Após aprovação da proposta na segunda-feira (22), no Senado, o próprio Ângelo Coronel, autor do projeto, voltou atrás e mudou a proposição.
Agora, ao invés de feriado, Santa Dulce terá um dia nacional com celebrações. Além disso, a data também será mudada. Antes, o projeto previa as celebrações em 13 de março, data da morte da santa baiana, mas agora será 13 de agosto. O dia foi escolhido porque já é tradicionalmente quando ocorrem homenagens à freira na Bahia.
Segundo o senador baiano, a mudança foi feita para evitar os impactos econômicos de mais um feriado, além de uma possível reprovação da pauta na Câmara.
Irmã Dulce foi canonizada em outubro de 2019 e é a primeira santa genuinamente brasileira.
Trajetória da santa
Nascida em 1914 em Salvador, Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, que ficou conhecida como “anjo bom da Bahia”, enfrentou as rígidas regras de enclausuramento da Igreja Católica para prestar assistência a comunidades pobres de Salvador, trabalho que realizou até a morte, em 1992.
Ingressou na vida religiosa como noviça na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, em São Cristóvão (SE). Em Salvador, passou a se dedicar a ações sociais. Em 1959, ocupou um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio e improvisou uma enfermaria para cuidar de doentes. Foi o embrião das Obras Sociais Irmã Dulce, que atualmente atende uma média de 3,5 milhões de pessoas por ano.
Milagres
Irmã Dulce teve dois milagres reconhecidos pelo Vaticano. Em 2001, orações em seu nome teriam feito parar a hemorragia de uma mulher de Sergipe que morreu durante 18 horas após dar à luz o seu segundo filho. Em 2014, o maestro baiano José Maurício Moreira voltou a enxergar após 14 anos de cegueira.
Fonte: CORREIO