O Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA), órgão que fiscaliza o Sistema Único de Saúde (SUS), acredita que é precipitado o novo decreto que antecipa, para esta quarta-feira (2), a ampliação de público permitido em festas.
De acordo com o órgão, seria “mais prudente monitorar os efeitos do Carnaval no sistema de saúde antes de flexibilizar aglomerações em novos eventos.”
O CES-BA ressaltou que fevereiro de 2022 encerrou como o segundo mês mais letal em toda a pandemia, com mais de 30,4 mil mortes no país, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa.
A Bahia registrou 917 óbitos neste mês, maior número desde agosto de 2021, conforme números do Centro de Operações de Emergências em Saúde (COE).
“As taxas da doença seguem em baixa, mas o resultado do Carnaval de festas autorizadas e clandestinas só saberemos depois. O decreto poderia ter aguardado, pelo menos, uns 15 dias após o Carnaval para, só então, flexibilizar a ocorrência de festas com público maior”, diz Marcos Sampaio, presidente do CES-BA.
Com a decisão do Ministério da Saúde de reduzir o financiamento de leitos exclusivos de Covid-19, há o risco de queda na assistência à saúde da população em um momento em que o aumento de casos é esperado.
O Conselho ainda informou que se preocupa com a possibilidade dos estádios de futebol também terem até 30% de ocupação nos jogos a partir de março.
“Medidas de fechamento de cerco contra os não-vacinados são mais importantes do que flexibilizações. Não podemos correr o risco de colocar tudo a perder”, diz Sampaio.
Fonte: BN