Quando se fala de samba de roda da Bahia, muita gente se lembra daquele que tem origem no Recôncavo baiano. Mas a verdade é que o samba de roda está presente em todo o estado.
Apesar disso, foi Santo Amaro que virou referência nacional graças a tia Ciata, apelido de Hilária Batista de Almeida, que nasceu na cidade e depois foi para o Rio de Janeiro, levando a tradição do samba de roda para lá e se tornando a grande mestra do samba brasileiro.
Hoje, 120 grupos fazem parte da Associação dos Sambadores e das Sambadeiras do Estado da Bahia (Asseba). Mestre Bule-Bule, como é conhecido Antônio Ribeiro da Conceição, faz parte da associação e afirma que cada lugar traz consigo diferenças no samba de roda, que não se limitam a ritmos e instrumentos.
“A diferença do samba do litoral, do Recôncavo e o samba rural, o sertanejo, o samba catingueiro, é o conteúdo que você junta para fazer o samba, os elementos que cercam cada lugar. Para fazer o samba da beira-mar, fala de canoa, de remo, de rede, de peixe. No samba rural, você fala de cavalo, de gado, roçado, de feijão, de milho, de vaquejada.”
A equipe da TV Feira, de Feira de Santana, parceira da TV Brasil, viajou para o interior da Bahia, para mostrar no programa Caminhos da Reportagem outros tipos de samba de roda, que carregam tradições e histórias que passam de geração para geração.
Queima da Lapinha
Uma das paradas foi o Quilombo Matinha dos Pretos, distrito de Feira de Santana. Na tradicional festa religiosa Queima da Lapinha, o grupo Quixabeira da Matinha trouxe o samba de roda para a parte profana do evento.
A última parada da viagem foi em Ipirá. Lá, conhecemos o samba de roda rural, com um ritmo mais lento, tocado com prato, cuia, viola e pandeiro. Uma tradição que veio das fazendas e continua nas pequenas cidades.
“O samba começou há muitos anos, já veio da era de meus avós, criado em fazenda, samba de roça, no mês de setembro, mês do cariru. Os mais velhos trouxeram a tradição. É o samba boiadeiro, o pessoal conhece como o canto de parede, e isso veio passando para os mais novos”, lembra Manoel Pereira.
A última parada da viagem foi em Ipirá. Lá, conhecemos o samba de roda rural, com um ritmo mais lento, tocado com prato, cuia, viola e pandeiro. Uma tradição que veio das fazendas e continua nas pequenas cidades.
“O samba começou há muitos anos, já veio da era de meus avós, criado em fazenda, samba de roça, no mês de setembro, mês do cariru. Os mais velhos trouxeram a tradição. É o samba boiadeiro, o pessoal conhece como o canto de parede, e isso veio passando para os mais novos”, lembra Manoel Pereira.
O episódio A Diversidade do Samba de Roda no Interior da Bahia, feito em parceria com a TV Feira, para o Caminhos da Reportagem, vai ao ar neste domingo (7), às 22h, na TV Brasil.
Agência Brasil