Para reestruturar a cadeia produtiva do leite e derivados nas regiões do Sisal e Riachão do Jacuípe, a Secretaria da Agricultura (Seagri), por meio da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), em conjunto com diversas secretarias do Estado, acompanha o processo final de certificação de 15 indústrias de laticínio.
Com a medida, a expectativa da Adab é que cerca de 150 mil de litros de leite/dia, produzidos principalmente por agricultores familiares, saiam da clandestinidade, passem a ser processados por indústrias inspecionadas e garantam ao consumidor um produto de qualidade.
Outras 25 indústrias em todo o estado também estão recebendo orientação da Agência para atender às determinações da legislação federal, (Instrução Normativa nº 51), que estabelece os procedimentos para a produção, o transporte e a comercialização de leite em todo o país.
“As ações visam à transversalidade, alinhada ao Planejamento Estratégico atualmente discutido dentro da Câmara Setorial do Leite, permitindo um sistema de orientação integrado, tendo como objetivo a redução de custos para o produtor, a viabilidade do negócio e o pleno atendimento aos padrões técnicos das legislações competentes para este segmento”, ressalta o diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres, destacando a importância da parceria com a EBDA, as secretarias estaduais de Integração Regional (Sedir) e de Desenvolvimento Social (Sedes), a Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic), além do Ministério Público e as prefeituras municipais.
As grandes bacias leiteiras do estado estão localizadas notadamente no sul, sudoeste, Recôncavo e oeste. Agora, a Adab está dando especial atenção ao norte baiano, incentivando a legalização de laticínios nos municípios de Riachão do Jacuípe, Nova Fátima, Capela do Alto Alegre, Gavião, Pé de Serra, Santa Luz, Filadélfia, Queimadas, Itiúba, Senhor do Bonfim, Capim Grosso, Tapiramutá, Mundo Novo, Piritiba, entre outros.
Nesses municípios e em todas as cidades interessadas em participar do processo, as ações para adequação dos laticínios começam com o envolvimento da comunidade por meio de palestras educativas oferecidas pela Adab. Técnicos e veterinários da Agência têm percorrido diversas localidades para conscientizar a sociedade sobre a importância de adquirir, comercializar e consumir leite inspecionado.
Educação sanitária – As reuniões contam com a presença de autoridades municipais, prefeitos, vereadores, secretarias municipais da Saúde, Educação, Agricultura, produtores rurais, agricultores familiares entre outros setores sociais. “A educação sanitária e a participação da sociedade são fundamentais para o sucesso do projeto. A partir desses encontros temos a chance de esclarecer dúvidas dos produtores, comerciantes e da população quanto aos aspectos higiênico-sanitários que podem interferir no processamento do produto e na saúde pública”, diz Paulo Torres.
Para funcionar de forma adequada, os empresários interessados em construir e adequar um laticínio devem seguir os procedimentos estabelecidos pela Adab e demais parceiros. “Nosso objetivo é esclarecer, orientar e fazer com que o laticínio tenha condições de funcionar, respeitando aspectos econômicos, técnicos, higiênicos e ambientais”, esclarece o coordenador de Projetos Especiais da Adab, Adilson Pinheiro, lembrando que a sustentabilidade faz parte dos critérios para aprovação de todo o projeto. Mais informações sobre registro de estabelecimentos no Serviço de Inspeção Estadual podem ser encontradas no site www.adab.ba.gov.br.