Conceição do Coité – Uma guarnição da policia militar que fazia ronda no Bairro da Jaqueira, por volta das 14h deste domingo (12), abordou um grupo de cinco jovens, sendo três menores e dois adultos, que estavam próximo a um bar e com eles foram encontrados cinco trouxinhas de maconha e a importância de R$ 83.
Gilson Ney Oliveira Silva, 21 e Wagson Lima de Oliveira, 20 anos, estavam acompanhados dos menores J.P.S., 15 anos, F.K.A.G., 14 e A.S.S.G., 17 anos, quando a guarnição da PM chegou e sem resistência, ao serem encontrados com a droga, foram presos e encaminhados para delegacia, onde disseram que a droga pertencia ao menor F.K.A.G., que confirmou ser realmente o proprietário.
Com apenas 14 anos, F. (camiseta branca) mora com a avó, de 52 anos e é filho de Jucélia Almeida Gomes, assassinada em 26 de agosto de 2005, pelo companheiro Renato Martins dos Santos, a golpe de garrafa, na cidade de Camaçari. Ele disse que nunca morou com o pai e que vinha usando droga, principalmente a maconha, a pouco mais de um ano. Assumiu que as oito trouxas de maconha eram sua e adquiriu por meio de um traficante residente no Bairro da Jaqueira. “Eu fui atrás dele para comprar na tarde de sábado e quando cheguei ao Cruzeiro (Bairro), ele me deu 12 pacotes para passar e na manhã de hoje (domingo) ele foi buscar o dinheiro e disse que tinha vendido 04 e dei R$ 20,00 a ele”, contou.
Ele disse também que a pessoa que havia lhe passado o produto, foi fazer o acerto de conta e demonstrava está muito nervoso, recebendo o dinheiro e deixando o restante para ele vender e ficar com o dinheiro. “Assim que ele saiu os homens (policiais) chegaram” revelou.
Como acontecia o comércio da droga – Ele contou ao CN que assim que recebeu, enterrou junto ao primeiro poste de energia instalado na rua principal de acesso ao bairro e colocou um preposto, segundo ele, um menino de rua, de 9 anos de idade, para ficar de olho nos “clientes”, usuários e lhe informar para efetuar a venda.
Assim que prenderam o menor, policiais foram até o local e não encontraram o produto, pois toda “mercadoria”, como chamou a maconha, eram aquelas encontradas com o grupo e possivelmente, segundo a polícia, seriam comercializada com os usuários presos. A polícia não descarta a hipótese de a droga pertencer a um dos maiores de idade presos e F. estaria assumindo por ser menor.
Todos os presos residem no bairro da Jaqueira e de acordo com um morador, eles vem aterrorizando a “área”. Uma tia do menor F. esteve na delegacia e disse ao CN que a família já sabia que ele usava droga, porém desconheciam que estivesse traficando. “Não nego não, quando fiquei sabendo que ele estava usando droga, cheguei a bater nele e fui informada pelo conselho tutelar que seria punida por isso. Fiz isso porque fiquei revoltada, esse menino maltrata demais minha mãe e ela só dar carinho a ele”, desabafou.
Por: Valdemí de Assis