Cerca de 100 pessoas entre familiares, vizinhos, colegas de escola, e até Maria Eugênia, secretária municipal de Políticas Publicas para as Mulheres, realizaram passeata de manifestação na tarde desta segunda-feira, 22, pedido punição para Victor Gabriel Oliveira Mota, 19 anos, acusado de ferir com diversas facadas a sua namorada Andreza Oliveira Lima,17, fato ocorrido no interior da residência do agressor, no dia 13/08. A jovem ficou uma semana internada em Salvador, recebeu alta e já se encontra em sua residência na Rua 13 de Julho, Bairro Terra Nova em Coité.
Os manifestantes estiveram inicialmente em frente ao Fórum Durval da Silva Pinto, e não demorou muito para o juiz da Comarca Gerivaldo Alves Neiva, se dirigir até o portão de entrada e depois de ouvir o apelo desesperado da mãe da jovem, Delma Evangelista de Oliveira, a chamou para uma conversa de perto.
O magistrado disse para a mãe de Andreza, que naquele momento nada podia ser feito, pois, não havia nenhum pedido de prisão solicitado pelo Ministério Público. Segundo o juiz, a mãe da jovem deve procurar neste momento a promotora de Justiça, contar o corrido e aguardar. “Não precisa se manifestar em frente ao fórum, aqui, quando as coisas chegam pra mim são resolvidas, não garanto que ele será preso, por ser réu primário, ter endereço fixo, mas posso garantir que será julgado e processado”, relatou Neiva.
Ainda segundo o juiz, o delegado Gustavo Ameno Coutinho, enviou o mandado de prisão e ele repassou para a promotoria. Andreza irá nesta terça-feira, 23, a cidade de Serrinha, para fazer exames de corpo de delito, para concluir o inquérito policial, a partir dos resultados será avaliado pelas autoridades se ação penal será enquadrada por lesão corporal ou tentativa de homicídio.
Delma disse ao juiz que sua filha está traumatizada e não consegue dormir. “Eu preocupada em protegê-la fecho as portas de forma muito segura, ela me pergunta se fechei digo que sim, mas ela não acredita e acaba indo até a porta certificar se eu fechei mesmo”, contou.
A secretaria Geninha repudiou a atitude, disse que tinha motivos de sobra para reforçar o manifesto, na condição de secretaria que visa proteger a mulher, de mãe e professora da adolescente. “Foi um ato de grande covardia, a mulher procura conviver com alguém que ela acha que pode protegê-la, age de forma tão covarde”, falou indignada a secretaria.
Esta foi à segunda manifestação, a primeira aconteceu na sexta-feira, 18, em frente da delegacia, e contou com dezenas de alunos do Colégio Olgarina Pitangueira, onde a jovem estuda. Nesta segunda-feira, 22, os manifestantes foram até o fórum, Delma mãe da vitima conversou com o juiz, em seguida os manifestantes foram até o ministério publico.
Victor está em liberdade depois que se apresentou com um advogado, como não havia mais flagrante não pode ser mais preso.
Por: Raimundo Mascarenhas
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