Nesse 8 de Março, milhares de mulheres do campo e da floresta, através das Federações de Trabalhadores na Agricultura – FETAGs de todo o país, estão realizando uma série de atos em seus respectivos estados.
São diversas ações, que incluem mobilizações para apresentação de reivindicações a serem negociadas com governos estaduais e municipais, referentes às demandas das trabalhadoras rurais, contidas na Pauta de Reivindicações da Marcha das Margaridas e adequadas por ocasião da data às realidades locais. “As margaridas continuam em marcha, simplesmente porque durante todo esse tempo nós nunca paramos de lutar”, afirma Carmen Foro, secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG e coordenadora nacional da Marcha das Margaridas.
O diálogo com os governos locais vai se estabelecer através de um fio condutor, o tema Terra, Água e Agroecologia e está subdividido em sete eixos: Biodiversidade e Democratização dos Recursos Naturais; Terra, Água e Agroecologia; Soberania e Segurança Alimentar; Autonomia Econômica, Trabalho e Renda; Educação Não-Sexista, Sexualidade e Violência; Saúde e Direitos Reprodutivos e Democracia, Poder e Participação Política.
Na Bahia diretores e a secretária de Mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado da Bahia, Cristina Vitória, participam de atividades em comemoração ao 8 de março realizadas pelos Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais em várias regiões do estado, e da caminhada em Salvador, com o tema “Igualdade e Oportunidade”, convocada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), seção Bahia, e mais quatro centrais (Força Sindical, Nova Central, UGT e CGTB), além da União Brasileira das Mulheres (UBM), dia 8 a partir das 16h do Campo Grande à Praça Castro Alves.
Na cidade de Mairi o STTR realiza a comemoração ao Dia Internacional da Mulher, com um ato públicodia 11, sábado, a partir das 9h, na sede da Delegacia Sindical do Ponto de Mairi. Josefa Rita, diretora de políticasSocias da Fetag, informa que o STTR de Sobradinho realiza em sua sede, na tarde do dia 8 de março um “Chá das Cinco” com palestras sobre direitos das mulheres, previdenciários e motivos da depressão feminina; na oportunidade será servido um lanche, realizados sorteios de brindes e uma festa com a banda de forró ” Chove no Molhado.”
Em Juazeiro, as comemorações do 8 de março começam logo pela manhã com uma visita aos meios de comunicação realizada por mulheres dos STTR’s de Juazeiro, Sobradinho e Casa Nova e do Conselho Municipal de Muheres. às 16h acontece a Caminhada saindo do Fórum em direção a Nova Orla Marítima quando será realizado um ato político de encerramento.
“Quando uma mulher avança nenhum homem retrocede”.
Com essa certeza o Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Quixabeira realiza a 5ª Comemoração ao Dia Internacional da Mulher, dia 11 de março de 2012, a partir das 13h, no Centro de Formação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Quixabeira – BA, com o tema: “VOZES FEMININA CONSTRUINDO DEMOCRACIA”.
A Diretoria do STTR convida mulheres e homens e afirma a importância de que juntos se construirá um mundo com igualdade de gênero.
PROGRAMAÇÃO
13h00 Boas vindas com cantiga de roda;
13h30 Mensagem de abertura;
13h45 Composição da mesa e fala dos convidados;
14h15 Apresentação do painel: Mulher nos espaços de poder (Vandalva MOC);
14h45 Apresentação do painel: Política de Saúde da Mulher (Kátia enfermeira);
15h15 Debate com a plenária;
15h30 Apresentação cultural (Claúdia-Eder-Edinalva);
16h00 h Caminha em homenagem a mulher (percurso: STTR a Praça do Corêto);
16h30 as 21:00 h Seresta da Mulher (sorteio de brindes).
Neste 8 de Março nós, mulheres trabalhadoras do campo e da floresta, seguimos em Marcha nos mobilizando nos estados, municípios e comunidades rurais, debatendo nossas condições de vida e trabalho para a conquista de um desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade.
Terra, Água e Agroecologia é um dos eixos da nossa plataforma política que queremos focalizar no Dia Internacional da Mulher, por compreendermos que está na base do desenvolvimento que queremos construir.
• TERRA – Sem acesso a terra não é possível vencer a pobreza e tampouco ter um país democrático com justiça e dignidade. Sem terra não há agricultura familiar, não há produção de alimentos, não há renda. Sem acesso a terra milhares de famílias permanecem na pobreza e em situações de marginalidade e violência. Queremos terra e condições para nela viver e produzir. Queremos a democratização da terra, por meio da reforma agrária, para vencer a pobreza e as desigualdades.
• ÁGUA – Sem água a terra não pode produzir e não há vida. A água deveria ser um bem comum, o que significa estar disponível para toda a população do campo e da cidade. No entanto, as águas estão privatizadas, ou seja, passaram a ser propriedade de grandes empresas e os mananciais estão poluídos. A água virou uma mercadoria. Queremos água potável para todos como um direito fundamental à vida. Queremos água para viver com saúde e produzir alimentos saudáveis.
• AGROECOLOGIA – É a produção de alimentos saudáveis, sem transgênicos e agrotóxicos, que defende e preserva o meio ambiente. É um modo de produzir e se relacionar na agricultura com respeito e igualdade entre homens e mulheres. Valoriza as tradições, culturas e saberes, protege a biodiversidade, o patrimônio genético, nossas sementes e os bens comuns. Queremos o fim dos agrotóxicos e das sementes transgênicas. Queremos apoio para produção agroecológica e para a comercialização de alimentos saudáveis.
Fonte: ASCOM/FETAG-BA