O Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Salvador divulgou, na noite desta terça-feira (3), os nomes de nove das dez vítimas fatais do acidente ocorrido no início da manhã na BR-324, no município de Candeias, na Região Metropolitana. Cinco pessoas continuam internadas.
O veículo circulava de Saubara, distrito de Santo Amaro, para Salvador todas as semanas e costumava sair do município às 4h30, levando passageiros que geralmente não conseguiam passagens em ônibus regulares. Pelo menos dezesseis pessoas estavam no veículo, incluindo o motorista.
Ao tentar ultrapassar uma carreta, que transportava ferro para a empresa Gerdau, a van da cooperativa Cootransul se chocou contra a lateral do veículo, no km 590. Com o impacto, a van foi arrastada na pista e teve a lateral arrancada.
Nove passageiros da van morreram na hora. A 10ª vítima não resistiu aos ferimentos e morreu após dar entrada no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. O motorista da carreta não ficou ferido.
Os mortos foram identificados como Sérgio Pereira dos Santos, 30 anos, Valdemir Miranda dos Santos, 42, Everaldo Oliveira dos Reis, 30, Carlos Maia dos Reis Linhares, Daniel Nery Ferreira, 41, Jefferson Santos Lopes dos Reis, 12, Luciane Barbosa de Freitas, 35, e Joselito de Jesus. Um corpo ainda não foi identificado.
Osvaldo Pirajá Leone, motorista da van, e Paulo Guimarães, 54 anos, foram encaminhados para o Hospital do Subúrbio e não correm risco de morrer. Já Aneilton Oliveira da Silva, 27, Clébem Paixão dos Santos, 35 anos, Bartolomeu de Jesus Santos, 35, e Jackson Alves dos Santos, 24, foram levadas para o HGE. Aneilton teve ferimentos leves e já recebeu alta. Jackson está em estado grave.
Transporte clandestino
A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) divulgou nota informando que a van, de placa NTT-6015, que se chocou com a carreta, estava com a vistoria vencida.
O diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessoa, explicou que a van, registrada em nome de Osvaldo Pirajá Leoni, teve negado o pedido de renovação da vistoria porque não foi apresentado o comprovante de fretamento junto a uma prefeitura ou empresa para a realização do transporte de passageiros.
Para o diretor da Agerba, a van iniciou a viagem durante a madrugada “justamente para tentar burlar a fiscalização”.
Fonte: Correio