Apenas 15 anos de idade e mãe de uma menina de um ano, uma adolescente foi assassinada com um golpe de canivete no abdômen por uma colega de sala de aula. Luana Vieira Gregória estudava no 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual José Eduardo Ferreira, Vila Bordon, periferia de Campo Grande (MS) e após uma briga de socos e pontapés na saída do colégio acabou morta.
O crime aconteceu por volta das 11h30 – horário de Mato Grosso do Sul – de quarta-feira, 11, depois da aula. Dentro de sala, Luana e uma colega identificada apenas como D., se desentenderam por causa de um perfume da vítima, que causaria alergia à colega. Colegas contaram que a promessa de ambas foi de “resolver” o problema na saída.
Vídeos entregues para a polícia mostram Luana acertando o rosto de D. com socos e pontapés. Havia muita gritaria entre os estudantes que assistiam a “luta” entre as duas. A briga começou porque Luana teria borrifado perfume em sala de aula e a colega seria alérgica. Uma amiga de Luana, T.C.N., de 16 anos , que também levou um golpe de canivete na perna, contou que a arma não era de D., mas de uma terceira garota, identificada pela polícia como Dafni Ingrid de Lima, de 18 anos.
“A Luana e a D. brigavam quando a Dafni apareceu com o canivete”, contou. A polícia não confirma se a arma usada era mesmo um canivete ou uma faca. Segundo a adolescente, o canivete teria caído no chão e D. a pegou. “Ela foi direto pras costas da Luana e eu fui atrás. A gente caiu no chão e daí ela cortou minha perna. Ela levantou e acertou bem no meio da barriga da Luana.”
A vítima ficou caída no chão até ser levada de carro a um posto de saúde. De lá, deu entrada na Santa Casa, mas como perdeu muito sangue, sofreu três paradas cardiorrespiratórias e não resistiu. A menina foi enterrada às 14 horas desta quinta-feira, 12, mesmo dia em que sua filha completa um ano de vida. Estudantes contaram que as brigas são frequentes nas saídas do colégio. Na escola, ninguém quis comentar o incidente.
A Secretaria de Estado de Educação (SED) informou que está prestando apoio ao colégio e que está sendo feito um levantamento do que aconteceu. Após isso, será encaminhado um relatório ao Ministério Público Estadual (MPE). A família de D. entrou em contato com a polícia e se comprometeu a apresentar a adolescente na Delegacia Especializada de
Atendimento à Infância e à Juventude. Dafni, que seria a dona do canivete, já foi interna de uma Unidade Educacional de Internação e está sendo procurada pela polícia.
Com informações do Estadão*