Uma comissão formada por representantes do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde de Feira de Santana, da Coordenação Estadual do Programa Mais Médicos e o tutor do médico cubano Isoel Gomez Molina, que atua na UBS do Viveiros, o ouviu na tarde da quinta-feira (21) sobre o caso da prescrição do medicamento Dipirona e concluiu que não houve erro no procedimento adotado. Ele vai retornar às atividades na próxima segunda-feira (25) – foi afastado até que os fatos fossem devidamente apurados.
A reunião foi realizada na Secretaria de Saúde. As 40 gotas indicadas não eram para ser ministradas em dose única, mas divididas em quatro vezes, a cada seis horas, como consta na receita, desde que a criança sentisse dor ou apresentasse um quadro febril, e explicou detalhadamente à mãe da criança que seriam dez gotas, apenas, por vez. Gilmara dos Santos afirmou em entrevistas que Isoel Gomez a orientou sobre o fracionamento.
O médico prescreveu a dose diária, como é comum onde trabalhou, e não fracionada, comum no Brasil. A equipe não julgou a conduta do médico, mas esteve na cidade para ouvi-lo. Os médicos do programa no estado passarão por reforço no treinamento na prescrição dos medicamentos da atenção básica.
A comissão avaliou que foi correta a decisão da Secretaria de Saúde em afastar o médico até que a situação fosse esclarecida. A secretária de Saúde, Denise Mascarenhas, disse que as declarações da mãe da criança bem como as avaliações feitas durante a reunião pesaram na decisão de manter Isoel Gomez no quadro do programa. “Tudo foi devidamente esclarecido”. Outro ponto foi o abaixo-assinado de 12 folhas e dezenas de assinaturas enviado pelos moradores do Viveiros, pedindo que o médico continuasse no conjunto.
Também participaram da reunião o coordenador estadual do Programa Mais Médicos, Washington Abreu, Eduardo Borges, tutor acadêmico do médico, Alexandre Viana, advogado do Ministério da Saúde e Valdenice Queiroz, chefe da Divisão da Atenção Básica da Secretaria de Saúde.
Com informações da Secom*