Um receituário escrito por uma médica cubana do Mais Médicos indicando o metocarbamol a um paciente com osteoartrose no Maranhão tem causado reboliço nas redes sociais. A medicação é exclusiva para o uso veterinário no Brasil e serve para cavalos, cães e gatos. A informação foi confirmada pelo secretário de saúde do município Barra do Corda, de onde saiu a receita. Segundo Alexandre Miranda Leite, a médica Norma Rodriguez, que assina o documento, já foi orientada e continua exercendo a atividade. O programa é do governo Federal.
“É verdade sim. É que esse comprimido é usado em humanos lá no país deles como relaxante muscular. Já passamos a relação de medicamentos usados no Brasil e ela continua trabalhando aqui. O povo gosta muito do atendimento deles porque são mais atenciosos”, emenda o secretário.
No entanto, Alexandre deixou escapar que estranhou a falta de capacitação dos profissionais que chegaram às unidades sem saber os remédios utilizados no país. “Eu não posso afirmar, mas, achei que os dois meses que passaram aqui antes de começarem a trabalhar eram para serem capacitados”, lembra.
A foto foi publicada também no blog Perito.med comandado pelo perito do INSS Francisco Cardoso. O endereço eletrônico se dedica a discutir atividades como perícia médica, perícia médica previdenciária etc, mas também denunciou outros casos de receituários e diagnósticos equivocados dos médicos cubanos. “Eu não sou contra a vinda de estrangeiros para o Brasil, mas tem que ter diploma revalidado. Eles vêm de faculdades que não são consideradas de primeira linha nem no país de origem. O governo tenta fazer a população acreditar que precisa de médico simples, mas isso não quer dizer que sejam médicos sem conhecimento”, opina.
O nome comercial do metocarbamol para os humanos é Robaxin, mas no Brasil o uso é exclusivamente veterinário para cavalos, cães e gatos. O medicamento controla o sistema nervoso central ao invés dos músculos. Em seres humanos, esse medicamento têm efeitos secundários como tonturas, náuseas, vômitos, desmaios, febre, convulsões e outros.
Com informações do Bocão News*