Não é a primeira opção, não é a prioridade, mas a cúpula da CBF admite, agora, avaliar a ideia de contratar um técnico estrangeiro para dirigir a seleção brasileira. A mudança de postura se dá muito mais por pressão popular e da imprensa do que por convicção de quem toma as decisões na confederação.
Depois de ver a seleção brasileira tomar 10 gols em dois jogos e concluir de maneira humilhante a Copa do Mundo em casa, a CBF decidiu “dissolver” a comissão técnica de Luiz Felipe Scolari – o mesmo termo “dissolver” foi usado quanto a entidade anunciou a demissão de Mano Menezes, em novembro de 2012.
Na época, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero repeliram a ideia de chamar um treinador estrangeiro – houve quem pedisse a contratação de Pep Guardiola. Os cartolas argumentaram então que o Brasil ganhou seus cinco títulos com brasileiros no banco de reservas e que não havia nada que um gringo pudesse ensinar aos pentacampeões.
Além disso havia Felipão e Carlos Parreira disponíveis no mercado, e unir dois campeões do mundo foi uma solução prática para quem buscava nomes fortes nos quais pudessem se apoiar. Até o fim, Felipão e Parreira cumpriram esse papel.
De terça-feira, quando tomou 7 a 1 da Alemanha, até domingo, dia da demissão, Felipão deu nada menos do que quatro entrevistas coletivas – deu as caras, respondeu a tudo o que lhe foi perguntado, explicou-se enfim. Marin e Del Nero não deram nenhuma.
Entre os brasileiros, o preferido é Tite, que ganhou tudo com o Corinthians entre 2011, 2012 e 2013, e que passou o último semestre sem trabalhar, apesar dos convites que recebeu. Alexandre Gallo, coordenador das categorias de base da CBF, pode assumir de forma interina – a CBF pensa nele para dirigir o time olímpico em 2016.
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