A greve nacional dos bancários, iniciada hoje (30), parou as atividades em 6.572 agências no país, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). A paralisação foi aprovada em assembleias ocorridas nos dias 25 e 29 de setembro. Segundo a entidade, bancários de todos os estados e do Distrito Federal participam do movimento.
“Mais uma vez os bancários dão uma grande demonstração de unidade nacional e a força de sua mobilização, fazendo uma greve ainda maior que no ano passado. É um recado inequívoco aos bancos de que queremos mais do que os 7,35% de reajuste e que não fecharemos acordo sem que nossas reivindicações econômicas e sociais sejam atendidas”, disse o presidente da Contraf, em nota divulgada no site da entidade.
Entre outras reivindicações, a categoria pede reajuste salarial de 12,5%, sendo 5,8% de aumento real. Eles também querem Participação no Lucros e Resultados (PLR) de três salários, além de uma parcela adicional de R$ 6.247 e piso de R$ 2.979,25. No sábado (27), os bancos propuseram elevar o índice de reajuste de 7% para 7,35% e o piso de 7,5% para 8%.
Procurada pela Agência Brasil, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não respondeu se fará nova proposta aos bancários. A Febraban explicou apenas que na última proposta feita, tanto do reajuste como do piso salarial, “está assegurada novo aumento real (acima da inflação)”.
A federação ainda lembrou que os clientes podem fazer a maioria das operações bancárias mesmo com as agências fechadas. Basta usar os caixas eletrônicos, a internet, o telefone, o aplicativo do banco no celular e os correspondentes bancários: lotéricas e agências dos correios, por exemplo.
Já os clientes que necessitam de um atendimento mais complexo, segundo a entidade, terão que esperar pelo fim da greve. Contratações de crédito imobiliário, por exemplo, não podem ser feitas fora da agência, por causa da burocracia que exige apresentação de documentos e assinatura de contratos.
Agência Brasil