O prefeito de Feira de Santana José Ronaldo de Carvalho, articulador, ao lado do prefeito de Salvador ACM Neto, e responsável por “administrar as crises”, que por acaso sejam geradas ao longo da campanha da coligação “Unidos pela Bahia”, não conseguiu evitar o constrangimento de ter que conduzir o cerimonial da fala do prefeito André Martins e do candidato a governador Paulo Souto (DEM), sem a presença do candidato ao Senado, Geddel Vieira Lima (PMDB). A comitiva liderada pelo Democrata chegou a cidade pouco depois das 19h e foi recepcionada pelos membros da família Martins e em seguida chegou o ex-prefeito José Albérico Silva Moreira (PMDB), “Bequinho” e todos subiram na caminhonete que puxava a carreata.
Na primeira fileira, o candidato ao Governo Paulo Souto, o vice-governador Joaci Góis e o candidato ao Senado, Geddel Vieira Lima. Logo atrás, o prefeito André Martins, que parecia não querer ficar perto de Geddel. Antes de terminar o percurso da carreata, Bequinho desceu da caminhonete, e foi visto caminhando pelas ruas, e na Praça da Zebrinha, onde aconteceu os pronunciamentos do prefeito André Martins, José Ronaldo e de Paulo Souto, Geddel não quis participar e ficou assistindo ao ato a distância e com seu “temperamento forte” conforme tem assumido em seus discursos, de demonstrava inquieto. Ele não quis dizer ao CN o motivo que evitou participar do ato, mesmo questionado por diversas vezes, ficando inclusive irritado com a insistência do repórter por uma resposta do que motivou a se afastar do local onde estavam acontecendo os pronunciamentos, ou seja, aproximadamente 70 metros. Para deixar os oradores mais apreensivos, o microfone falhou diversas vezes, interrompendo suas falas.
Antes de começar a carreata, no pátio de um posto de combustível às margens da BA 120, em cima da caminhonete, sendo os primeiros a subir, Geddel posou para uma foto ao lado de Bequinho e do candidato a deputado estadual, Alex da Piatã. Na foto, o ex-prefeito Adevaldo Martins, pai do prefeito André Martins, aparece e tudo parecia que ia bem.
O ex-prefeito Bequinho também foi procurado pelo CN e resumiu sua resposta falando em fidelidade ao PMDB e a Geddel, sem explicar os motivos que o levou a descer da caminhonete no início da carreata. O prefeito André Martins, por telefone, falou ao CN que estava insatisfeito com o governo do estado e dentre os motivos relatou os cargos estaduais existentes no município que não teve direito de indicar, com exerção da RETRAN e mesmo assim credenciou este fato ao vice-governador Otto Alencar. Falou também sobre um episódio dos postes de iluminação pública que estavam sendo colocados as margens da BA. “Esses postes chegaram, depois levaram e agora voltou, nos deixando muito chateados”, falou André.
O prefeito deixou bem claro na conversa com o CN que vota em toda chapa da oposição, menos para o Senado, pois não é possível ficar ao lado do padrinho político do seu principal opositor no município, o ex-prefeito Bequinho, como é conhecido o pmdebista.
Num clima de muita tensão política, o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo desconversou ao ser questionado sobre o assunto tratado com o ex-prefeito Bequinho, ainda na cidade de Cansanção. O pmdebista conversa com o CN sobre a situação política em Retirolândia quando foi chamado por Ronaldo para entrar em seu carro e combinar com seria a passagem da coligação na cidade.
O clima começou a esquentar sobre a posição de André Martins no início do mês quando o prefeito foi procurado pela coordenação do candidato petista Rui Costa para o recebeê-lo e ele não apareceu. Naquele dia o petista foi recebido pelo comunista Noé Silvestre terceiro colocado na eleição de 2012 para prefeito e por um dos fundadores do PT local, João Lima de Souza, mais conhecido por Jota.
Redação CN * fotos: Raimundo Mascarenhas e Devid Willian